A Caixa Cultural Brasília recebe, até o dia 9 de julho, a exposição Nhé Sé. A mostra conta com um conjunto de obras, que exprimem o desejo de mostrar a força política e beleza conceitual da arte e culturas indígenas, assim como apresentar, por meio das criações, que indígenas são o passado, o presente e principalmente o futuro do mundo.
A curadoria fica por conta das indígenas Sandra Benites, da etnia Guarani-Nhandeva (MS), primeira curadora indígena, no Brasil, a integrar equipe de um Museu, e Sallisa Rosa, artista visual cuja produção parte de sua experiência como indígena em contextos urbanos.
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O significado de Nhe Sé em Guarany é “desejo de fala”. Segundo Sandra, Nhé é a própria palavra, o próprio espírito. “A inquietação e a espiritualidade caminham juntos e as obras da exposição sugiram a partir das inquietações e espiritualidade dos indígenas. O desejo de fala é algo que traz a verdadeira essência e profundidade não só das pessoas mas também das culturas. E nunca será possível tirar dos indígenas a palavra. Ela nunca morre. A exposição Nhé Sé é toda esta complexidade”, declarou.
Ao todo, serão 12 artistas visuais contemporâneos, cada um com sua essência, demonstrada em pinturas, fotografias, instalações, vídeos e textos, que provocam e convidam o olhar de visitantes a diálogos com diferentes etnias, territórios, expressões culturais e inquietações, que buscam a exaltação das origens, da urgente preservação e da recuperação física e espiritual dos territórios, e a necessidade de enaltecer a ancestralidade.
Nhé Se
De 10 de maio a 9 de julho de 2023, na Galeria Vitrine da CAIXA Cultural Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 4, Lotes 3/4 – Edifício Anexo à Matriz da CAIXA). Horário de funcionamento: de terça à domingo, de 9h às 21h. Entrada franca. Classificação indicativa: livre para todos os públicos