O partido de extrema direita Vox, em coalizão com o conservador Partido Popular (PP), avança e conquistou o poder em 10 cidades da Espanha neste sábado (17/6). A esquerda espanhola perdeu espaço em lideranças municipais chaves.
María José Catalá, candidata do PP, foi eleita prefeita de Valência, cidade conhecida por sua riqueza nas artes e na ciência. A política chega ao poder com o discurso de que irá priorizar o diálogo e o consenso na região. A oposição declarou que não irá aceitar políticas negacionistas sobre questões ambientais e afrouxamento de medidas de proteção às mulheres.
Na região central da Espanha e próxima a capital Madri, Toledo se destaca como um dos municípios com o maior número de representantes locais eleitos por meio da coalizão PP-Vox.
A coligação também conquistou vagas importantes nos governos de Móstoles e Alcalá de Henares, as duas das cidades mais populosas na comunidade de Madri — juntas têm uma população estimada de 470 mil habitantes, segundo o jornal espanhol El País.
O PP irá comandar seis prefeituras das cidades mais populosas da Espanha, entre elas está Madri, Móstoles, Alcalá, Leganés, Torrejón de Ardoz e Alcobendas. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) conquistou quatro cadeiras entre as principais lideranças municipais do país, Fuenlabrada, Getafe, Alcorcón e Pinto.
Avanço da extrema direita
O avanço da extrema direita na Espanha acontece em meio a um grande embate com o governo socialista de Pedro Sánchez, que antecipou as eleições gerais do país para 23 de julho no intuito de unir a esquerda espanhola.
No Twitter, o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, parabenizou os seus candidatos eleitos tanto da extrema esquerda como da base governista e destacou que é o momento de trabalharem juntos. “Sigamos avançando em direitos e transformações”, escreveu o político espanhol.
Em um comunicado, o Vox informou que irá tentar abolir a política que considera “conselhos ideológicos”, como aquelas dedicadas à igualdade que segundo eles “desperdiçaram” milhões de euros.