Membros do Comboio do Cão cooptaram o servidor público, que chegava a receber R$ 20 mil por cada celular entregue nas celas
O policial cooptado pela organização criminosa chegava a receber o pagamento de R$ 20 mil por cada celular entregue nas celas do Centro de Detenção Provisória (CDP). A polícia não teve dúvidas da ligação entre o servidor público com os integrantes da facção. Uma das provas foram bilhetes encontrados na casa do suspeito, que continham mensagens dos detentos contendo informações detalhadas sobre transações financeiras e negociações ilícitas.
Os investigadores comprovaram que o policial receberia cerca de R$ 150 mil (por preso) para facilitar a fuga. Além da prisão temporária, que foi efetuada na unidade prisional quando o policial penal deixava o plantão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um na residência do policial, em Planaltina de Goiás, e outro em uma residência associada às transações financeiras entre os presos e o suspeito, localizada no Riacho Fundo II.
O servidor poderá ser responsabilizado pelos crimes de corrupção passiva, introdução de aparelho telefônico de comunicação móvel sem autorização legal em estabelecimento prisional, prevaricação, promoção ou facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integração em organização criminosa.
As investigações contaram com o apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Nupri/MPDFT). A Operação ROTTURA reforça o compromisso da Polícia Civil do Distrito Federal e da Polícia Penal do Distrito Federal em manter a ordem e a segurança no sistema prisional, combatendo de forma incisiva a corrupção e as atividades ilícitas.