Segundo a Polícia Civil, o investigado, que tem 22 anos, vendeu ao menos 30 ingressos falsos para o show que ocorrerá neste sábado (26/10) no Estádio Mané Garrincha. Ele foi preso na manhã desta segunda-feira (21/10) em operação realizada por meio da DRCPIM/CORF
Um homem de 22 anos foi preso na manhã desta segunda-feira (21/10) por estelionato eletrônico continuado e uso de documento falso. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o investigado vendia ingressos falsos para o show do cantor Bruno Mars, que ocorrerá no próximo sábado (26/10). Até o momento, as investigações apontaram que ao menos 30 pessoas foram vítimas do golpe.
A operação, denominada Locked Out, foi deflagrada por policiais civis da Divisão de Repressão aos Crimes contra da Propriedade Imaterial, da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes — DRCPIM/CORF. A ação cumpriu mandado de prisão preventiva e de busca e apreensão, em endereços situados na região de Planaltina (DF) e Planaltina de Goiás (GO).
Segundo Virgilio Ozelami, delegado da DRCPIM, a investigação foi iniciada a partir de denúncias de várias pessoas que caíram no golpe. “Cerca de 30 pessoas nos procuraram relatando que esse individuo estava se apresentando como vendedor de ingressos para o show do cantor Bruno Mars e se passando como professor universitário para ganhar credibilidade das pessoas, que, em sua maioria, eram jovens e mulheres que sonhavam em ver o ídolo pela primeira vez.” O delegado revelou que as vendas era feitas pelo Instagram, WhatsApp e Facebook.
Modo de atuação
Segundo a corporação, as vítimas — em maioria estudantes, mulheres e jovens residentes de vários estados do país — eram convencidas pelo homem, que utilizava das redes sociais para se passar como professor universitário e da rede pública de ensino e anunciar os ingressos falsos, a pagarem quantias em pix pelos supostos ingressos. Após os pagamentos, o autor dos fatos deixava de responder as vítimas.
Ao todo, foram identificadas, até o momento, pelo menos 30 vítimas de várias partes do país que sofreram prejuízos com o golpe denominado “falso ingresso”. A PCDF informou que estima-se que o investigado tenha obtido quantia próxima a R$ 50 mil com os golpes. No decorrer das investigações, também ficou evidenciado que o investigado fazia uso de documentos falsos e de contas bancárias de terceiros nas fraudes praticadas.
A polícia informou que as investigações continuam no sentido de identificar outras vítimas do crime, sem descartar inclusive a eventual participação de outras pessoas. Além do caráter repressivo, a operação tem, de acordo com a corporação, o viés educativo de contribuir com informações úteis para que novas vítimas não venham a cair no golpe do ingresso falso, não apenas no caso deste show, mas em outros eventos de grande porte.
“Lembrando que, como o Distrito Federal tem recebido rotineiramente agenda de shows e eventos de artistas de renome, os ingressos devem ser comprados apenas com vendedores credenciados”, disse a PCDF por meio de nota.