Motorista de app preso por estupro no DF

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João Pedro Gomes da Silva, o motorista de aplicativo de 35 anos preso em flagrante após estuprar uma jovem de 19 anos, em Ceilândia, aliciou a jovem, fez comentários de cunho sexual, e, ao esticar os braços para o banco de trás – onde estava a passageira – passou as mãos nas pernas da vítima: “Quero fazer sexo com você”, disse o suspeito.

De acordo com o depoimento da jovem, na 24ª Delegacia de Polícia de Polícia (Setor O), o motorista aceitou a corrida após ela aumentar o valor da viagem, devido à recusa inicial de outros motoristas. Durante o trajeto, o agressor iniciou uma conversa com a jovem, elogiando sua aparência. Acuada, a menina estava no banco de trás do carro, o que não impediu o homem de estender a mão para trás e tocar-lhe as pernas. Assustada, a jovem detalhou que o abusador ainda pegou a mão dela e levou ao próprio peito.

Em dado momento, João Pedro declarou que queria ter relações sexuais com ela. Diante da recusa da jovem, o agressor foi reativo e disse que o ato aconteceria de qualquer forma, que não adiantaria ela gritar, porque, dali, ninguém a ouviria. O estuprador, então, desviou o caminho e passou a dirigiu até um local escuro, próximo a um campo de futebol. Ele estacionou o veículo, deitou o banco de trás e deu continuidade ao crime.

A mãe da jovem estava em casa e, em pânico, monitorava via GPS que a filha havia desviado da rota. A garota havia compartilhado a localização com ela. Passava da meia-noite quando o agressor deixou a menina em casa e foi embora rapidamente.

A menina apresentava um sangramento intenso e contou para a mãe o que teria acontecido. Imediatamente, mãe e filha foram à 24ª DP para registrar boletim de ocorrência de estupro. Posteriormente, a jovem foi encaminhada ao hospital.

A menina estava em um aniversário na casa de um amigo do irmão, em Samambaia, na noite de sábado (22/2). Por volta das 23h20, pediu transporte por meio do aplicativo 99 para retornar para casa, em Ceilândia, quando ocorreu o estupro.

João Pedro foi preso no dia seguinte, em Alexânia (GO). Ele foi identificado por meio do comprovante de pagamento da passageira. Quem recebeu a polícia em casa foi a mulher de João. No momento em que recebeu voz de prisão, admitiu ter feito sexo com a vítima, mas alegou uma relação consensual. Detido, ele permaneceu em silêncio durante o depoimento, já na delegacia.

Em nota, a 99 lamenta o ocorrido e informa que possui uma política de repúdio e tolerância zero em qualquer caso de violência, especialmente contra assédio e violência sexual. Assim que a empresa tomou conhecimento do caso, o perfil do motorista parceiro foi expulso da plataforma. A plataforma diz que uma equipe especializada está em contato com a passageira, oferecendo acolhimento e orientações para acionamento do seguro, que inclui auxílio para despesas médicas e apoio psicológico. “A empresa segue à disposição para colaborar com as investigações das autoridades”, disse.

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