Após nova assembleia, professores da rede pública decidem continuar de greve

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No último dia 2, professores e orientadores de escolas da rede pública do Distrito Federal iniciaram greve por tempo indeterminado

Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram manter a greve iniciada no último dia 2. A decisão – praticamente unânime – se deu por meio de votação em assembleia nesta terça-feira (10/6), no estacionamento entre o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) e a Torre de TV.

Na sexta-feira (6/6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino cassou a multa de R$ 1 milhão que a Justiça local estabeleceu à categoria em caso de manutenção da greve. A penalidade atendia a um pedido do Governo do Distrito Federal (GDF).

Após a assembleia, os educadores seguiram para a frente do Palácio do Buriti, onde fazem um protesto que fechou as seis faixas do Eixo Monumental, no sentido Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia).

Esta foi a segunda assembleia promovida pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) desde o início do movimento paredista. Na primeira, na quinta-feira (5/6), a categoria rejeitou a proposta apresentada pelo GDF e votou por manter os braços cruzados.

O Sinpro-DF informou que não houve negociação desde a última assembleia. “O que temos tentado é retomar a negociação por meio de interlocutores junto à SEEDF [Secretaria de Educação do Distrito Federal]”, comunicou o sindicato. A expectativa é de que ocorra uma nova reunião com representantes do Executivo local para tratar do assunto.

A categoria cobra reajuste salarial de 19,8%, reestruturação da carreira, nomeação de aprovados em concurso e a correção do envio de informações de professores temporários ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O governador Ibaneis Rocha (MDB) classificou a greve como “política”, disse que as negociações estão abertas e que o Palácio do Buriti autorizou, em março de 2023, o reajuste a todos os servidores e a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) aos educadores.

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