O empresário Paulo Marinho afirmou, nesta quarta-feira (20/05), que, para não “prejudicar as investigações”, não faria qualquer comentário a respeito de seu depoimento à Polícia Federal (PF), que durou cinco horas. Ele foi ouvido na superintendência fluminense da corporação por delegados e procuradores do Ministério Público Federal (MPF).
No último domingo (17/05), Marinho, ex-aliado bolsonarista, acusou, em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o filho dele, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), de receberem informações privilegiadas sobre investigação de esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Após as declarações, o MPF instaurou inquérito para apurar o caso – e a PF, por sua vez, investiga novamente o suposto vazamento na chamada Operação Furna da Onça.
De acordo com Marinho, um delegado da PF teria informado os Bolsonaro sobre a operação; aconselhado que eles demitissem o ex-assessor de Flávio Fabrício Queiroz, apontado como possível operador do esquema no gabinete do então deputado estadual; e contado a eles que a deflagração ficaria para depois das eleições de 2018, para não prejudicar o atual presidente no pleito.
A operação foi deflagrada em novembro daquele ano, sem que Flavio estivesse entre os alvos. Contudo, relatórios do antigo Conselho do Controle de Atividades Financeiras (Coaf), hoje, Unidade de Inteligência Financeira, já apontavam movimentações suspeitas de Queiroz.
Segundo a CNN Brasil, o MPF pretende ouvir Marinho de novo nesta quinta-feira (21/05), às 14 horas, desta vez sem a presença de policiais federais.
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