Quatro anos após as primeiras denúncias sobre uma máfia de próteses que operava no Distrito Federal, os responsáveis foram punidos. A sentença sobre o processo oriundo da Operação Mister Hyde, uma das mais rumorosas dos últimos tempos, foi proferida na última sexta-feira (28/8). O conteúdo da decisão, no entanto, ainda é desconhecido até mesmo pelos advogados de defesa dos réus.
O processo não foi digitalizado e tramita em papel no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Por conta da pandemia do novo coronavírus, o protocolo da Corte, onde é possível solicitar acesso aos documentos físicos, está fechado. Assim, pouco se sabe sobre as condenações e penas estipuladas.
O processo trata da ação de uma organização criminosa acusada de fraudar planos de saúde e mutilar pacientes submetidos a cirurgias desnecessárias com materiais de baixa qualidade.
Ao todo, 14 pessoas figuram como réus do processo. A Grande Angular apurou que quatro delas foram absolvidas: Antonio Marcio Catingueiro Cruz, Eliana de Barros Marques Fonseca, Rondiney Rosa Ribeiro, e Naura Rejane Pinheiro da Silva. Os demais teriam sido condenados.
Mister Hyde
A primeira fase da Operação Mister Hyde foi deflagrada em setembro de de 2016. Com a divulgação das denúncias, centenas de vítimas do esquema procuraram a polícia para prestar depoimento. Os relatos incluem mutilações e tentativa de homicídio, segundo consta no inquérito.
O grupo criminoso teria movimentado milhões de reais em cirurgias, equipamentos e propinas. Há casos de pacientes que foram submetidos a procedimentos desnecessários, como sucessivas cirurgias. Dessa forma, os suspeitos tinham mais lucro. Em outras situações, conforme revelado pelas investigações, eram utilizados produtos vencidos e feita a troca de próteses mais caras por outras, baratas.
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