Quadrilha especializada em roubar aibags e presa o DF com mais de 200 equipamentos

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Operação

A PCDF deflagrou, nessa quarta-feira (21/10), operação para desarticular a organização criminosa especializada em furtos de airbags de veículos de luxo. Os dispositivos de segurança eram destinados a lojas de revenda de autopeças localizadas em Taguatinga. A Operação Último Suspiro cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, uma temporária e 16 de busca e apreensão.

As apurações da Corpatri apontaram que o criminosos descobriram nos acessórios um rentável nicho de lucratividade e passaram a investir no furto e roubo das peças para revendê-las. Trabalho de inteligência desenvolvido pela unidade especializada mapeou, entre janeiro de 2019 e outubro de 2020, cerca de 130 ocorrência policiais registrando o furto ou roubo dos airbags.

As investigações duraram cerca de um ano e dezenas de perícias foram feitas, mas nenhuma conseguiu apontar os autores. Somente com o monitoramento dos receptadores – lojistas do setor de autopeças – foi possível desvendar quem seriam os responsáveis por tantos furtos. Dada o perigoso risco de deflagração das bolsas dos airbags durante a extração, a habilidade dos criminosos era espantosa, segundo a PCDF.

Investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descobriram que os lojistas do setor H Norte, em Taguatinga, alvos da Operação Último Suspiro, deflagrada nessa quarta-feira (21/10), davam treinamento aos ladrões de airbags. A informação foi confirmada após oitivas com os presos.

De acordo com a PCDF, após ensinar os criminosos a retirar as bolsas de airbags sem acioná-las, os comerciantes passavam a agir como receptadores dos itens furtados pelos seus “alunos”.

Também foi narrado que alguns lojistas que efetuam trocas de airbags no setor H Norte enganam os consumidores. Eles usam leitores que “resetam” as centrais eletrônicas. Assim, muitas vezes, o consumidor acha que teve seu airbag trocado, quando em verdade foi apenas desligado o alerta no painel. Com isso, em caso de eventual acidente, o sistema do airbag pode não funcionar.

O delegado Erick Sallum, da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), explica que os sistemas de airbags são de alta complexidade e precisão, tendo seu acionamento em fração de segundos. Qualquer “jeitinho” na substituição poderá acarretar o mal funcionamento e eventual lesão dos motoristas. É absolutamente vedada por Lei a comercialização de itens de segurança usados.

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