Um levantamento feito pela Urbes – Trânsito e Transportes, a pedido do jornal Cruzeiro do Sul, demonstrou que as vendas das folhas de talão caíram 48% em comparação com janeiro de 2020. Isso, apesar da quantidade de vagas de Zona Azul ter crescido, com 2.344 vagas em dezembro, contra 2.173 em janeiro de 2020.
O balanço também indicou que em janeiro do ano passado foram 79.804 folhas de talão e 36.190 créditos via aplicativo. Enquanto em dezembro do mesmo ano, foram 41.334 folhas de talão e 36.160 créditos por aplicativo.
De acordo com funcionários de estacionamentos, isso é reflexo do período pandêmico, e de consequente necessidade de isolamento social, além da ausência de segurança para os motoristas. “A pandemia deixou as coisas difíceis para todo mundo. Mas acho que as pessoas preferem estacionamento por causa da segurança”, opinou Alexandre Tantas, que trabalha no estacionamento Soropark. Ele ainda afirmou que outro motivo da preferência seria o curto período de ocupação da zona azul.
Atualmente, a zona azul tem tempo máximo de permanência de duas horas e custa R$ 1,50 por hora, desde julho de 2018. Esse período de permanência também foi criticado pelo motorista Jeferson Piedade. “Na pandemia, em duas horas você não faz nada. Passou 5 minutos já estão multando. Então, às vezes, o barato acaba saindo caro”, reclamou.
Jeferson ainda afirmou que, como consumidor, ele opta sempre pelo estacionamento particular. “Eu prefiro estacionamento. Zona Azul não tem segurança nenhuma, não tem seguro, não tem nada que possa garantir que seu carro vai estar lá no lugar, apesar de você estar pagando. E mesmo tendo o aplicativo, eu acho que o acesso é mais difícil”, comentou Jeferson.
O gerente do estacionamento Penha, Francisco Samyo Ferreira, relatou que houve uma melhora no movimento em comparação com meses anteriores, mas que ainda está abaixo do normal. “A pandemia afetou bastante. Dezembro, aqui, é o melhor mês para o patrão. Infelizmente, comparado com o ano retrasado, ficou muito abaixo. Uns 40% a menos” relatou o funcionário.
Por meio do aplicativo, Sorocaba teve média de 707 ativações de créditos em janeiro de 2020. Em dezembro do mesmo ano, foram 778 ativações, ainda segundo o levantamento. Já a ocupação mediante a venda de cartões de talonário, a Urbes informou que não há possibilidade técnica de mensuração. (Kally Momesso)
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