Após 14 anos fechado, o Museu de Arte de Brasília (MAB) está prestes a ser reinaugurado, com um acervo de mais de mil obras – assinadas por grandes nomes da produção nacional, como Tarsila do Amaral. As doze primeiras esculturas do catálogo chegaram nesta sexta-feira (9/4) ao espaço cultural. Dessas, onze são de artistas brasilienses e, juntas, custam mais de R$ 1,5 milhão
As obras de arte, que estavam na Residência Oficial de Águas Claras, vão passar por avaliação e restauração, caso seja necessário. “O MAB está começando a criar vida, tomar forma. Se o Distrito Federal é uma obra de arte, aqui é onde a arte se encontra. O GDF não mediu esforços para recuperar este espaço que estava abandonado há anos. Será um grande presente para o aniversário de Brasília”, ressaltou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
O gerente do espaço, Marcelo Gonczarowska, explica que as esculturas serão distribuídas pelo jardim, hall e pilotis do prédio. “Entendemos que o papel do MAB é contar a história da arte da capital e fazer a difusão dela. Muitos não conhecem os artistas daqui, então é uma forma de valorizar o trabalho deles”, comenta.
O MAB irá obedecer às necessidades de segurança e acessibilidade, com dois elevadores para cadeirantes. Com isso, as pessoas com deficiência poderão ter acesso ao pavimento superior do prédio. No que diz respeito ao espaço e ao acervo, a novidade será a disponibilidade de uma reserva técnica com quase 600 metros quadrados e laboratório de restauro e conservação novos, além de sala de triagem para receber e avaliar as obras.
Reabertura MAB (1)
Museu passou 14 anos fechado
Reabertura MAB (2)
As doze primeiras esculturas do catálogo chegaram nesta sexta-feira (9/4)
Reabertura MAB (3)
Rebertura ainda não tem data para ocorrer, mas está próxima, garante Secretaria de Cultura
Reabertura MAB (4)
Local fica próximo às margens do Lago Paranoá
Reabertura MAB (5)
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Haverá ainda uma passagem subterrânea que fará a ligação direta com a reserva técnica do museu e novas paredes de cobogós na parte inferior do prédio que se somam ao projeto original da fachada superior. Circundando o museu, terão gramas e árvores destacadas por luzes que vão fazer a integração entre a natureza e o concreto que marcam a arquitetura da cidade.
Museu nasceu junto com Brasília
Às margens do Lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, o Museu de Arte de Brasília (MAB) nasceu praticamente junto com a cidade. Inaugurado em 1961, um dos espaços culturais mais charmosos da capital federal, serviu de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e, veja só, até para um casarão do samba.
Só em 1985 virou galeria de um acervo invejável de obras raras. O projeto estrutural foi assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e por Joaquim Cardozo. E o projeto arquitetônico foi de um jovem alagoano chamado Abel Carnauba Accioly, na época funcionário da Novacap como desenhista técnico. A importância do MAB para cidade é inegável e se resume tanto pelo seu peso histórico, quanto pela riqueza do acervo composto por mais de 1.300 peças.
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