Julgamento do HC de Glaidson, CEO da GAS Consultoria, leva centenas de clientes a porta do TRF do Rio de Janeiro em favor de sua Soltura

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RIO – O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) vai julgar nesta terça-feira os pedidos de habeas corpus (HC) ajuizados pelos advogados de Glaidson Acácio dos Santos, dono da G.A.S. Consultoria e Tecnologia, de Felipe Silva Novais e de Michael de Souza Magno.
Sob a liderança de Glaidson, chamado de “faraó dos bitcoins”, eles são acusados de atuar irregularmente como instituição financeira, promovendo operações de investimento em criptomoedas, o que teria movimentado pelo menos R$ 38 bilhões, especialmente entre investidores de Cabo Frio e cidades vizinhas da Região dos Lagos fluminense.

O julgamento desta terça-feira, sob a relatoria do desembargador Flávio Lucas, será acompanhado de perto por manifestantes de Cabo Frio, que fretaram quatro ônibus e anunciaram um protesto pacífico e solidário, com todos vestidos de branco, em frente ao tribunal, no Centro do Rio. As investigações demonstraram que, desde pessoas pobres a grandes empresários da região, cerca de 67 mil aplicaram seus recursos na empresa GAS Consultoria Bitcoin, atraídas pela oferta de lucros de 10% ao mês, razão pela qual Cabo Frio passou a ser chamada de “Novo Egito”.

Os clientes de Glaidson, no entanto, alimentam a esperança de que o dono da G.A.S. seja solto e volte a operar os recursos aplicados. Eles alegam que, em nove anos de atividade, a empresa nunca atrasou o pagamento dos lucros e que, se a atividade não tinha autorização prévia, isso se deve principalmente à falta de legislação sobre criptomoedas. Embora o inquérito tenha identificado 67 mil investidores, os investigadores já estão convencidos de que o número pode ultrapassar a marca dos 200 mil, motivo pelo qual Cabo Frio deve parar hoje, à espera da decisão do TRF-2.

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