São Paulo – Gusttavo Lima foi processado em Roraima, São Paulo e Mato Grosso do Sul por divulgar um número de celular na música Bloqueado. Além das ações, um homem com telefone de Goiás e uma mulher com linha do Paraná reclamaram que acabaram prejudicados com o hit sertanejo.
“Eu sei que não posso ligar pra quem já me esqueceu. Coração prometeu nunca mais recair só que agora perdeu, está sem dignidade. Me bateu uma saudade daquelas que o coração arde, 9xxx-xxxx [número de celular]. Olha eu recaindo outra vez”, diz a faixa.
A canção lançada no ano passado traz um número de telefone, mas sem o código de Discagem Direta à Distância Direta (DDD). O que deu margem para que pessoas com o mesmo celular, mas com DDD diferente, recebessem ligações e mensagens de fãs do sertanejo.
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A reportagem do Metrópoles procurou Gusttavo Lima para comentar os processos, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
Roraima
Um dos assuntos dessa quarta-feira (1°/6) foi o processo iniciado em 27/5 por um servidor público que mora em Boa Vista. O homem de 49 anos pede indenização de R$ 48,4 mil por danos morais no 1º Juizado Especial Cível, no Tribunal de Justiça de Roraima.
O servidor afirma que já tem o número há mais de dez anos e agora recebe diariamente ligações, trechos da canção e até conteúdo pornográfico. Uma audiência de conciliação foi marcada para 12/7 e deve acontecer por videoconferências.
Reprodução/ Arquivo Pessoal
Reprodução/ Arquivo Pessoal
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São Paulo
Também voltou ao noticiário um processo movido, em dezembro do ano passado, por uma arquiteta. O caso, que já tinha sido noticiado em janeiro e fevereiro, tramita em segredo na Justiça de São Paulo.
Gusttavo Lima foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização para a dona do número de celular mencionado na música Bloqueado. O astro ainda pode recorrer da decisão.
A defesa alegou que a mulher acabou mais prejudicada quando o músico publicou um vídeo nas redes sociais estimulando os fãs a entrarem em contato para descobrir quem era o dono do número. “Gerou uma enxurrada de ligações e mensagens”, afirmou.
Mato Grosso do Sul
O processo movido por Alessandra, uma moradora de Fátima do Sul, no interior de Mato Grosso do Sul, foi noticiado em janeiro pelo G1. A vendedora relatou que recebia mais de 300 ligações e duas mil mensagens por dia.
Ela afirmou que decidiu entrar com ação na Justiça quando os fãs da música sertaneja começaram a fazer xingamentos. Além disso, explicou que não podia mudar de número, pois já usava o celular para o trabalho.
Paraná
A supervisora de compras Maria Aparecida Domingos foi mais uma das pessoas que teve o número de celular associado ao hit. Em janeiro, ela relatou ao G1 que recebida de 300 a 400 ligações por dia, além de mensagens e áudios.
A mulher de 61 anos chegou a pensar que era uma brincadeira dos amigos do filho, que também se chama Gustavo. Mas depois a situação começou a atrapalhar a rotina da moradora de Curitiba. Além do grande volume de contatos, algumas pessoas faziam ofensas e falavam palavrões.
Goiás
Com o código de Discagem Direta à Distância Direta (DDD) de Goiânia, o telefone divulgado na música Bloqueado pertencia, em janeiro, a Carlos Henrique Faria.
O empresário que morava em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, relatou que recebia milhares de ligações e mensagens por dia.
Com a situação, Faria decidiu não fazer mais uso pessoal do código e passou a responder às mensagens dos fãs de Gusttavo Lima com pedidos de doações para projetos sociais.
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