Saiba quem é o hacker que criou app fake e desviou R$ 30 mi de auxílio

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O líder da organização criminosa desarticulada pela Polícia Federal (PF) durante a operação Saque Antecipado, nesta quinta-feira (11/8), era um hacker com alto conhecimento informático. O pirata cibernético chegou a criar um aplicativo falso da Caixa e a movimentar R$ 30 milhões em fraudes, envolvendo saques do auxílio emergencial. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.

Francisco Bruno de Sousa da Costa, conhecido como “BRTurbo” é apontado como o cabeça do esquema criminoso. O hacker seria o responsável por operacionalizar as fraudes e viabilizar os saques de auxílio emergencial. Segundo as investigações, o suspeito tem formação em análise de sistemas e alto conhecimento informático.

O hacker é sócio de uma empresa que tem como atividade principal “suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação”. Os investigadores identificaram que a empresa é de fachada. Antes de ser preso, o cyber-criminoso fraudou R$ 1,3 milhão no Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e foi alvo de mandado de busca por crimes cometidos pela internet cancelando multas e quitação de outras taxas. A apuração ocorreu no âmbito da operação Backdoor da PCDF.

Veja fotos da operação Backdoor:

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Saque antecipado

A Polícia Federal, por meio de consultas na Base Nacional de Fraudes no Auxílio Emergencial (BNFAE), identificou diversos golpes ocorridos em 2020, 2021 e 2022 pelos criminosos. Os investigadores verificaram movimentações financeiras que superaram os R$ 30 milhões.

Diversas contas bancárias foram abertas em nome de “laranjas” ou de pessoas de “confiança” para movimentar valores para as contas bancárias, cuja diversidade é necessária para evitar o bloqueio do dinheiro desviado das contas da Caixa, na ação cibernética.

Dois dos investigados que cediam suas contas bancárias para a movimentação fraudulenta dos recursos, trabalhavam como vigilantes.

Um dele, inclusive, cumpria horário na Superintendência Regional da PF no Distrito Federal (SRDF). As evidências encontradas até o presente momento mostram claramente a existência de indícios da prática do crime de fraude eletrônica praticado por organização criminosa, cujas penas se somadas podem chegar a 18 anos de reclusão.

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