Após exibir a matéria ao vivo, Fonseca apontou que a “morte é pouco” para Monique e Jairinho. “Primeiro, eu vou te falar assim…”, começou Catia Fonseca, visivelmente emocionada. “É fácil a gente achar que as pessoas são ruins, mas são influenciadas por outros”, continuou ela, tentando segurar as lágrimas.
Em 8 de março do ano passado, Henry Borel, filho de Monique, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca (RJ) com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, o então casal disse à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico
Reprodução
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O acidente, no entanto, foi descartado como causa da morte após perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatar que o menino teve hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente Arquivo Pessoal
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O laudo de reprodução simulada, produzido pela perícia da Polícia Civil, aponta que Henry sofreu 23 lesões externas provocadas por ações violentas no dia da morte
Arquivo Pessoal
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Monique afirmou à polícia acreditar que o filho tinha caído da cama. No relato, ela disse ter acordado por volta de 3h30 e, ao dirigir-se ao quarto, encontrou o filho desmaiado na cama. Jairinho alegou ter visto a queda do menino
Arquivo Pessoal
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A versão foi descartada e o caso passou a ser investigado como tortura. Segundo a polícia, Jairinho dava chutes e golpes na cabeça do menino e Monique sabia das agressões desde fevereiro
Semanas antes do crime ocorrer, a babá que cuidava de Henry alertou Monique, por mensagem, sobre um episódio em que Jairinho se trancou no quarto do casal com o menino, que depois deixou cômodo alegando dores e mancando
Arquivo Pessoal
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Um mês após a morte de Henry, Monique Medeiros e o padrasto foram presos no Rio de Janeiro por atrapalharem as investigações. Segundo a polícia, eles estariam ameaçando testemunhas para combinar versões
Divulgação
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A polícia também afirma que eles teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investigações.
Os aparelhos, no entanto, foram desbloqueados e mensagens de texto e imagens, recuperadas. Arquivo Pessoal
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Depois do caso vir à tona, uma ex-namorada de Jairinho contou à polícia que durante o relacionamento com o vereador, ele agrediu a filha dela, que na época tinha 4 anos
Agência Brasil
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Em carta escrita na cadeia, a mãe de Henry afirmou ter sido manipulada, ameaçada e agredida por Jairinho durante o relacionamento. Segundo ela, o ex-namorado a medicava com ansiolíticos e chegou a flagrá-lo colocando remédio em sua bebida
Quase um ano após a morte do menino, Jairinho e Monique prestaram depoimento no Tribunal do Júri para elucidar o caso. O padrasto da criança preferiu não responder a perguntas em juízo e disse que nunca encostou um dedo na criança
Divulgação
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Em depoimento de oito horas, Monique fez novas revelações, como a postura agressiva e controladora de Jairinho no relacionamento e a dificuldade de Henry para lidar com o divórcio dela e de Leniel Borel, pai da criança
Aline Massuca/Metrópoles
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Ao depor, a mãe do menino afirmou ter sido treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte do filho
Aline Massuca/Metrópoles
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Após a audiência de instrução, o caso aguarda para ser julgado pela Justiça. Jairinho e Monique são réus por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica
Aline Massuca/Metrópoles
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“Esses dois, acho que não merecem morrer, não, porque a morte é pouco para eles. Eles merecem sentir na pele pelo poder da Justiça. Por isso, acho que a única forma que a gente pode ter como grande exemplo é ter penas mais severas para casos absurdos como esse. Infelizmente, a gente não tem”, completou.
Henry Borel foi morto em 8 de março do ano passado. Monique Medeiros e Jairo Souza são apontados como culpados. Eles estão presos.
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