Paciente com epilepsia está há 4 meses sem acesso a remédio na Farmácia de Alto Custo

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Gabriela Schuman, de 20 anos, tem epilepsia e, para controlar suas convulsões e crises neurológicas, precisa de quatro remédios oferecidos gratuitamente pelo programa Fármacia de Alto Custo, organizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O problema é que dois medicamentos necessários para o tratamento da jovem estão em falta desde janeiro, gerando um custo mensal de R$ 1.969 para a família.

Adalberto Schuman, pai da Gabriela, conta que utiliza o programa desde março de 2022 para garantir a saúde de sua filha. Os remédios em falta para o tratamento da jovem são Clobazam 10mg e Lacosamida 50mg.

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“Fico preocupado porque tem bastante medicamento, mas alguns já estão faltando há vários meses. Isso é complicado porque é um tratamento contínuo. Não é um tratamento que eu posso simplesmente parar”, afirma.

Sem previsão para o retorno dos estoques, o morador de Santa Maria usa suas economias para comprar remédios que deveriam estar disponíveis de graça. O pai explica: “Os remédios agem no sistema nervoso central, auxiliando no controle das crises convulsivas. A minha filha tem epilepsia de difícil controle, com lesão cerebral, o que ocasiona as crises. São dezenas de crises diárias que ela têm”.

No total, a garota precisa de cinco remédios para o seu tratamento, sendo que quatro deles são oferecidos pela Farmácia de Alto Custo. Além disso, Gabriela conquistou na Justiça o direito de usar canabidiol (CBD), uma substância derivada da maconha, que diminui a frequência e a potência das convulsões.

O homem revela que a falta dos produtos é uma “ameaça à integridade e à vida” de sua filha. Segundo Adalberto, a medicação, juntamente com o CDB, faz com que ela tenha crises mais leves e uma menor quantidade de crises também.

“Se eu parar com a medicação, ela volta ao estágio anterior, podendo inclusive vir a óbito por conta das crises excessivas e choques epiléticos. O cérebro coordena a questão da respiração, os batimentos cardíacos. Então, quando ela tem uma situação de um choque, a pessoa pode ir a óbito por conta dessa descompensação cerebral”, explica o homem.

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde de DF sobre a situação. A pasta não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria. O espaço continua aberto para manifestações.

No Portal da Transparência da Saúde do DF, tanto Clobazam quanto Lacosamida apareciam sem estoque na noite dessa terça-feira (2/5). O site também não informava a previsão de um novo abastecimento.

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