Falsos vendedores que aplicavam golpes em shows no DF são alvos de operação

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Grupo se passava por vendedores de cervejas e, no momento do pagamento, substituíam os cartões verdadeiros das vítimas por outros

A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), cumpre, na manhã desta sexta-feira (5/4), oito mandados de busca e apreensão contra um grupo criminoso que se passava por vendedores ambulantes em shows para aplicar golpes em clientes. No DF, ao menos 35 ocorrências similares foram registradas e o prejuízo chega a R$ 360 mil. A operação contou com o apoio de policiais civis do Estado de São Paulo.

As investigações começaram em 18 de abril do ano passado, depois que cinco pessoas foram presas em flagrante nas imediações do Estádio Nacional de Brasília, logo após um show de uma banda de rock. Na ocasião, os golpistas, de forma associada, se passaram por vendedores ambulantes de cervejas e outros itens, principalmente no período da saída do público, para colocar em prática a ação criminosa. Segundo as investigações, quando os clientes efetuavam os pagamentos das mercadorias, os criminosos utilizavam de subterfúgios para substituir os cartões verdadeiros por outros semelhantes.

A vítima, no entanto, não conferia os dados. Após isso, os criminosos utilizavam as máquinas para subtrair todo o limite financeiro disponível nos cartões das vítimas ainda na madrugada. Durante o cumprimento dos mandados de busca, em São Paulo e região metropolitana, os policiais apreenderam documentos, aparelhos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos vinculados aos suspeitos, assim como outras provas. O objetivo de subsidiar as investigações em curso e obter mais elementos relacionados ao crime.

A operação Mandrake contou com a participação de 45 policiais civis do Distrito Federal. A PCDF investiga ainda oz titulares das máquinas de cartões utilizadas para recebimento dos valores fraudados, bem como outros indivíduos que contribuíram para o esquema. Caso seja comprovado o envolvimento dos investigados, estes poderão responder pelos crimes de furto mediante fraude, associação ou organização criminosa e lavagem de dinheiro e, se condenados, podem pegar até 23 anos de prisão.

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