Em O Sétimo Guardião, novela das 21h da Rede Globo, um personagem em especial tem chamado atenção do público desde a estreia: o gato León. Misteriosíssimo, nos primeiros capítulos ele foi o responsável por levar Gabriel (Bruno Gagliasso) para Serro Azul, já que o rapaz deveria assumir seu compromisso de substituir Egídio (Antonio Calloni) como um dos guardiães da fonte milagrosa.
Com o passar do tempo, porém, o público descobriu que o felino é um homem vitimado por um feitiço, e quem vive esse papel é Eduardo Moscovis. De volta à telinha após uma longa pausa para interpretar esse emblemático personagem, o ator conta sobre os motivos que o levaram a retornar em uma novela de Aguinaldo Silva.
Em entrevista, Eduardo Moscovis comenta Sétimo Guardião: “Obra aberta”
Em entrevista, Eduardo Moscovis comenta Sétimo Guardião: “Obra aberta”
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Eduardo Moscovis: de volta às novelas Estevam Avellar/TV Globo/Divulgação
Ele não atuava em folhetins globais desde A Regra do Jogo (2015) João Cotta/TV Globo/Divulgação
Um dos motivos que fez Moscovis retornar para a telinha foi o fato de O Sétimo Guardião levar assinatura do autor Aguinaldo Silva Estevam Avellar/TV Globo/Divulgação
Como você está encarando seu retorno às novelas depois de um período de afastamento?
Voltar ao horário nobre em A Regra do Jogo (2015) sabendo que sairia no decorrer da trama, com uma morte anunciada, foi saudável pra mim, pois foi uma forma de me ambientar e me preparar para uma novela longa.
E por que retornar em O Sétimo Guardião?
Voltar em O Sétimo Guardião tem alguns atrativos. Primeiro, por ser do Aguinaldo Silva, autor da minha primeira novela, Pedra sobre Pedra. Aliás, fiz outra novela dele mais tarde: o vilão Reginaldo, de Senhora do Destino, que foi par romântico da Letícia Spiller, que também está em O Sétimo Guardião.
Outro atrativo é a equipe do Rogério Gomes [Papinha, diretor], que é fenomenal. Tem ainda a primeira direção-geral do Allan Fiterman, que me dirigiu em Louco por Elas. Fiz também um filme recente com ele, Berenice Procura. É uma qualidade artística na qual eu acreditei desde o início e já sabemos como é uma novela com o Aguinaldo revisitando o realismo fantástico. É muito bom para a gente e para o público.
O que você tem a falar sobre o gato León?
O León parece ser um pouco mocinho e um pouco vilão. É isso mesmo?
Não sei de nada! (risos) Pode perguntar ao autor, o Aguinaldo Silva! Acho que nem o Papinha [Rogério Gomes] sabe ao certo (risos).
Ele vai virar humano de vez?
Não sei se isso vai acontecer definitivamente em algum momento, mas estou curtindo essa ideia de ficar sem saber, apenas acompanhando o desenrolar da história. É um desafio interessante enfrentar essa transformação. Curto bastante que seja um feitiço ou um castigo a incapacidade do León de permanecer como humano. Ao mesmo tempo, é ótimo que ele ganhe forma humana para ter a chance de explicar a causa de ele ter virado gato.
É bom trabalhar com esse mistério?
Esse é o grande barato de fazer uma novela?
Fazer novela tem coisas interessantes. É como a vida da gente mesmo. Você pode se planejar o ano inteiro e, de repente, vêm os imprevistos que podem te tirar do caminho: uma viagem, um desemprego, uma doença, uma perda, qualquer coisa. Como uma novela é uma jornada muito longa e livre, tudo pode acontecer. Ela te tira da zona de conforto.
Para uma peça, estudamos aquele personagem e vamos nos aprofundando nele a cada apresentação. Já em um filme ou série, você já sabe o princípio, o meio e o fim. O legal da novela é não saber. Quando começa, dá a largada, mas para onde a gente vai, não dá para saber. Queremos ser felizes.
Você está solteiro. Como está a vida: feliz ou carente?
Nem um pouco carente. Está tudo certo, tudo ótimo. Estou aprendendo também. Fiquei casado por um tempo, mas estou tranquilo. Estamos bem, trabalhando, andando, falando, conversando. Estamos com saúde, na paz. Isso é o que interessa.