Morre Sérgio Fadel, um dos maiores colecionadores de arte brasileira

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    Sérgio Fadel, um dos maiores colecionadores de arte do Brasil, morreu, nessa quarta-feira (10/5), aos 87 anos, no Rio de Janeiro. O advogado se consolidou como um importante nome na cultura brasileira por possuir cerca de 1,5 mil obras, de grandes artistas do país, como Aleijadinho e Beatriz Milhazes.

    Morador do Leme, Sérgio mantinha três apartamentos no mesmo prédio. Tudo para abrigar a extensa coleção. Um deles, por exemplo, era todo ocupado pelas obras de arte. Frequentador da sociedade carioca, o advogado promoveu jantares para autoridades, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a senadora Marta Suplicy (PMDB/SP) — à época ministra da Cultura. O círculo político fazia parte da família do colecionador: sua filha Marta era casada com Márcio Lobão, herdeiro do ministro Edison Lobão (PMDB/MA).

     

    Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) tentou negociar uma doação das obras de Sérgio Fadel. No entanto, a família declarou que pretende ficar com as peças e mantê-las como coleção privada.

    Obras da coleção Fadel já estiveram expostas em Nova York, Paris e no museu Malba, de Buenos Aires. Na capital argentina, no começo de 2017, o advogado promoveu a mostra “Antropofagia e Modernidade, Arte Brasileira na Coleção Fadel”.

    Sérgio Fadel era um colecionador com a mente voltada para a disseminação da arte. Com frequência, colaborava colocando suas importantes em exposições abertas ao público. Grande perda para o mundo das artes

    Celso Albano, consultor de arte

    O corpo de Sérgio é velado nesta quinta-feira (11/05), no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro. O enterro está previsto para o final da tarde.

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