Polícia prende suspeita de fraudar seguro DPVAT e receber R$ 220 mil

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    Uma mulher foi presa nesta quinta-feira (16/05/2019), no Entorno do Distrito Federal, por suspeita de fraudar, em pelo menos 16 casos, o seguro DPVAT. Com documentos falsos, ela teria recebido R$ 220 mil do sistema de seguro obrigatório.

    Profissionais do Grupo de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Luziânia (GO) cumpriram, no âmbito da Operação Parálysis, quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. As investigações contra a suspeita, de 41 anos, duraram 10 meses. Para as fraudes, segundo a apuração policial, ela utilizava documentos de empregados e familiares.

    A partir dos dados pessoais, eram falsificados diversos documentos públicos, como boletins de ocorrência da Polícia Civil de Goiás e da Polícia Civil do Distrito Federal, laudos do IML de Goiás e do DF, ocorrências do Corpo de Bombeiros de Goiás, relatórios médicos do Hospital de Base e do Hospital Municipal de Luziânia. Outros documentos particulares, como comprovantes de residência, também eram fraudados.

    Nos documentos falsos, segundo a Polícia Civil de Goiás, constava que a pessoa havia sido vítima de acidente de trânsito e que, em razão disso, tinha ficado com sequelas permanentes. Com base nessa documentação falsificada, era dada entrada no pedido de seguro DPVAT, no valor máximo de R$ 13,5 mil.

    A delegacia explicou que, inicialmente, a seguradora não constatava a fraude e, por isso, efetuava o pagamento, depositando o valor na conta do suposto beneficiário. Em seguida, a investigada, usando o cartão e senha obtida com a vítima, comparecia ao banco e efetuava vários saques, até a quantia total da indenização.

    Vínculos
    Conforme as investigações, a presa possui uma empresa de eventos localizada em Luziânia, por onde passam vários trabalhadores que prestam serviços, como garçons, cozinheiros e seguranças, em eventos organizados por ela.

    Aproveitando o vínculo de trabalho, ela obtinha cópia dos documentos pessoais sob argumento de que seria para registro de carteira de trabalho. Passado algum tempo, após conquistar a confiança dos empregados, a suspeita afirmava que tinha valores a receber de devedores, mas que estava com a conta bancária bloqueada, e, por isso, pedia o cartão bancário e senha das vítimas para receber os valores.

    Quatro familiares da investigada também foram alvos dos processos de indenização fraudados. Segundo a polícia, documentos e dados de dois filhos dela, um cunhado e um genro acabaram usados.

    As investigações ainda apuram participação de outras pessoas no esquema criminoso e busca identificar outras possíveis fraudes.

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