Em Dallas, nos Estados Unidos, onde foi receber o prêmio de personalidade do ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quinta-feira (16/05/2019), que o jornal Folha de S.Paulo não tem que contratar “qualquer uma”. A declaração foi dada quando uma repórter do jornal o questionou, durante coletiva, sobre o bloqueio de recursos no orçamento da educação.
Segundo o presidente, a jornalista tinha que entrar de novo “numa faculdade que presta e fazer bom jornalismo”. Um dia após as manifestações nacionais contra os cortes na área de educação, Bolsonaro disse ainda que a repórter da Folha “não pode ficar semeando a discórdia e perguntando besteira e publicando coisas nojentas por aí”.
O presidente dizia que nenhuma das universidades brasileiras estava na lista das 250 melhores instituições de ensino do mundo e a jornalista perguntou se cortar dinheiro do setor resolveria esse problema.
“Presidente, o senhor falou que não tem nenhuma universidade brasileira entre as 250 melhores do mundo. É cortando verba da educação que alguma universidade brasileira vai chegar…”, perguntou a repórter.
Não é maldade
Antes de encerrar a pergunta, Bolsonaro começou a responder: “O corte de verbas, você tem que entender, não é maldade de ninguém. Não tem dinheiro. Então o contingenciamento, que é a palavra certa, foi um pequeno percentual nas despesas discricionárias”.
O presidente colocou as imagens do embate com a jornalista no Twitter.
Confira:
Pela falta de recursos se faz contingenciamento. Todos os governos já fizeram isso, inclusive na Educação. Aqui nos Estados Unidos uma repórter da Folha desconhecia a diferença entre corte e contingenciamento. Nós explicamos. Assista: pic.twitter.com/Lz6WoAuecX
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 16 de maio de 2019