
“Ao Cair da Noite” é como uma versão indie de “The Walking Dead”. Pai, mãe e filho, Paul (Joel Edgerton), Sarah (Carmen Ejogo) e Travis (Kelvin Harrison Jr.) vivem num cabana no meio da mata. Só saem de casa empunhando armas e com máscaras no rosto.
Há claramente uma infecção lá fora que deve ter esvaziado cidades inteiras e espalhado os sobreviventes por regiões florestais ermas. Quem vive não está muito melhor de quem já se foi. O filme abre com pai, mãe e filho sacrificando o avô, visivelmente adoentado, com manchas e feridas no corpo.
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Com um orçamento de menos de US$ 5 milhões, o diretor Trey Edward Shults (“Krisha”) mantém a trama num clima de permanente mistério. O minimalismo do roteiro não permite situar a cabana geograficamente, nem detalhar os pormenores da epidemia.
Um terror de dentro para fora
O grande debate do filme não é com o que está lá fora, seja esse mal sobrenatural, biológico ou resultado de um malfadado experimento científico. Toda o formalismo visual do filme – Shults é, afinal, cria de Terrence Malick – indica uma crônica sobre derretimento familiar disfarçada de terror pós-apocalíptico.
E esse desmantelamento surge justamente quando Paul, Sarah e Travis são intimados, pela força do atual estado caótico das coisas, a receber e ajudar outra família – Will (Christopher Abbott), Kim (Riley Keough) e o garotinho Andrew (Griffin Robert Faulkner).
Produto da A24, mesmo selo que emplacou o terror indie “A Bruxa” (2016), “Ao Cair da Noite” narra um fim de mundo de dentro para fora. No papel, soa genial. Na tela, o que se vê é um filme empostado, autoimportante e escorado no fatalismo.
Avaliação: Regular
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