O vereador Irineu de Toledo (PRB) está pedindo providências para que sejam identificados e punidos os munícipes que comparecerem à Câmara com o objetivo de ofender vereadores.
O pedido está em um ofício endereçado ao presidente da Câmara de Sorocaba, vereador Fernando Dini (MDB).
O pedido ocorre após uma discussão registrada em vídeo na quinta-feira (10).
Ao falar da situação, chamada por ele como “grosseira”, Toledo pede ao presidente que seja identificado e ainda pede informações sobre quais gabinetes ele esteve no Legislativo e por quanto tempo ficou.
O vereador ainda pede para que as imagens do homem sejam enviadas a seu gabinete. Por fim, ele pede para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis, bem como que se tomem medidas para que a situação não se repita.
Bate-boca
Toledo foi pivô de um bate-boca na saída do estacionamento do Legislativo na quinta-feira.
Um vídeo que circula em redes sociais mostra o parlamentar sendo abordado por um munícipe que quer satisfações sobre seu posicionamento em uma votação.
Após ser questionado se batia em mulher, o homem responde que não e chama o parlamentar de sem-vergonha. Irineu de Toledo, então, dá ré, questiona novamente o homem e o chama de tonto. O vídeo é finalizado com o homem chamando Irineu de “pastor desviado”.
Outros casos
Nessa legislatura, os episódios externos ao debate e ao trabalho legislativo têm sido recorrentes entre os parlamentares de Sorocaba.
Recentemente, o vereador Hélio Brasileiro (MDB) precisou acionar a polícia após um pacote suspeito ter sido deixado próximo da clínica dele. O fato ocorreu em 15 de abril.
Fernando Dini (MDB) falou em 24 de novembro que investigações estavam sendo realizadas pela Polícia Civil.
O assunto seria a propagação de notícias falsas, em especial contra ele. “É para denegrir, para machucar, para desmoralizar”, afirmou na ocasião.
Em 28 de junho deste ano, foi a vez de Iara Bernardi (PT) acionar a Polícia Civil. Ela esteve na Delegacia Seccional de Sorocaba para registrar um boletim de ocorrência.
Segundo ela, internautas estavam ofendendo-a e ameaçando-a em redes sociais.
Hudson Pessini (MDB) também foi alvo de ameaças. Em um dos casos, o alvo foi o gabinete. O parlamentar alega que teve de mudar a rotina, que inclui até o uso de carro blindado.
“Levei a conhecimento da polícia os casos mais graves, que agora estão em processo sob sigilo, em segredo de justiça”, comenta Pessini.
Em outro episódio, ao menos um parlamentar teve de deixar o plenário da Câmara sob escolta da Guarda Civil Municipal (GCM).
O que diz a Câmara
Questionada no que lhe compete, ou seja, dentro da esfera do prédio do Legislativo, a Câmara de Sorocaba afirmou que “como instituição manterá seu sistema de segurança ativo, como de costume, com o objetivo de garantir o bem-estar não somente dos vereadores, como dos funcionários e das pessoas que frequentam a Casa Legislativa”. (Marcel Scinocca)
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