Rubem Valentim idealizou um grande centro cultural em Brasília na década de 1970. A sede seria em um terreno na QL 2 do Lago Sul. Ele desejava que sua obra ficasse perpetuada em um só local, misturando exposições e palestras. No entanto, burocracias fizeram o sonho do pintor ruir. Nesta sexta-feira (26/5), 37 anos depois do projeto inicial, o instituto finalmente sai do papel e será inaugurado na Caixa Cultural, dentro da mostra sobre o artista baiano.
Celso Albano é o grande articulador da criação do Instituto Rubem Valentim, que será sediado na QI 9/11 do Lago Sul. A instituição desenvolverá diversos projetos para exposição, documentação, investigação, preservação e catalogação da obra do pintor.
Da decepção ao sonho
Rubem Valentim atuou como pintor e escultor e é considerado um dos grandes construtivistas do país. Na década de 1970, foi professor de pintura no Ateliê Livre do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB). Nessa época, deu início ao projeto de criar um instituto para reunir sua rica e variada obra. O artista morreu em 1991.
Após comprar da Terracap o terreno na QL 2 do Lago Sul, o pintor e Celso Albano tentaram junto ao então Ministério da Educação e Cultura (MEC) levantar os recursos. Entretanto, o órgão optou por não financiar o projeto.
O sonho manteve-se vivo na cabeça de Albano que, após mais de 30 anos, buscou apoio da iniciativa privada em São Paulo. A ideia ganhou apoio da Galeria Almeida e Dale, uma das mais importantes do país, e o Instituto Rubem Valentim conseguiu ser viabilizado.