Luna (MG), primeiro longa de ficção solo do diretor Cris Azzi, acompanha a amizade entre duas adolescentes, Luana e Emília, estremecida após um trauma virtual. O longa será exibido nesta segunda (17/9) na mostra competitiva do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
O cineasta mineiro, também autor dos documentários Sumidouro (2007) e O Dia do Galo (2014), este coassinado por Felipe Fernandes, aborda um tema importante na era virtual: a vida de jovens exposta após vazamento de vídeos íntimos.
Festival de Brasília: Luna narra vida adolescente após trauma virtual
Festival de Brasília: Luna narra vida adolescente após trauma virtual
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Luana e Emília: amizade abalada por vídeo íntimo vazado Gustavo Baxter/Divulgação
O diretor Cris Azzi: nascimento do primeiro filho aconteceu pouco antes das filmagens Alexandre Mota/Divulgação
Universo adolescente é retratado no primeiro longa de ficção de Cris Azzi Gustavo Baxter/Divulgação
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Pôster de Luna Bruno Magalhaes / NITRO
O ponto de partida foi uma notícia lida pelo realizador em 2014. Na reportagem, era descrito o trágico fim de uma jovem de 17 anos que se matou após uma cena de sexo compartilhada nas redes sociais. Para dar autenticidade ao drama feminino, Azzi conversou com várias mulheres durante a pesquisa pré-filmagem. Ouviu relatos preocupantes e instigantes.
“Destaco dois pontos. O primeiro foi o impacto de encontrar uma grande maioria de mulheres com pelo menos uma grande decepção com o universo masculino (assédio, estupro, violência, abandono). O segundo é a convicção dessas jovens de que a luta por direitos iguais em relação aos homens é um caminho sem volta”, enumera.
Antes das gravações, nasceu Ian, o primeiro filho do diretor. A chegada de uma criança também mexeu com a produção. “Isso despertou em mim uma necessidade, a partir das vivências e experiências que a realização do filme me proporcionou, de educá-lo desde pequeno para que na sua geração as mulheres possam ser verdadeiramente respeitadas e que não sofram com os homens pelo simples fato de serem mulheres”, explica.
Curiosamente, há outro filme brasileiro recente sobre o mesma tema: Ferrugem, de Aly Muritiba, que estreou nos cinemas há algumas semanas depois de vencer o prêmio Kikito no Festival de Gramado. Azzi considera o longa um belo filme. Mas enxerga diferenças numa comparação com Luna.
Curta da noite
Antes de Luna, será projetado o curta paulista Mesmo Com Tanta Agonia (MG), dirigido pela cineasta mineira Alice Andrade Drummond.
Festival de Brasília: Luna narra vida adolescente após trauma virtual
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Mesmo com Tanta Agonia Divulgação
Alice Andrade Drummond: diretora de Mesmo com Tanta Agonia Divulgação
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No curta, a personagem principal, Maria, se vê presa no trem de volta para casa quando uma pessoa caída sob os trilhos interrompe a viagem.
51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Nesta segunda (17/9), no Cine Brasília (106/107 Sul). Mostra Competitiva: às 21h, Mesmo com Tanta Agonia (MG, 20min, 10 anos) e Luna (MG, 90min, 16 anos). Preço: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Valores sujeitos a alterações sem aviso prévio. Informações: (61) 3244-1660 ou festivaldebrasilia.com.br