Polícia prende suspeito do desaparecimento da funcionaria do MEC

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Imagens do circuito de segurança mostram o homem pegando a jovem na parada de ônibus em Planaltina. Objetos dela foram achados no carro dele

Policiais da 31ª DP (Planaltina) prenderam um homem que seria responsável pelo desaparecimento da funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado, 26 anos. O carro dele foi localizado com os objetos da vítima dentro. Há imagens do circuito de segurança que mostram a jovem entrando no veículo do acusado em uma parada de ônibus no Setor Arapoanga, em Planaltina.

O cozinheiro Marinésio do Santos Olinto, 41, que não tem relação com a vítima, teria visto Letícia no local e retornado. Ele pode ter feito outra vítima no mês passado. A polícia procura a advogada e funcionária do MEC na área rural perto do Vale do Amanhecer.

Letícia desapareceu na manhã de sexta-feira (23/08/2019). De acordo com o delegado Fabrício Augusto Machado Borges Paiva, chefe da 31ª DP, a advogada e funcionária terceirizada do MEC foi sozinha para a parada de ônibus, de onde seguiria para o trabalho, na Esplanada dos Ministérios. Ela havia combinado de almoçar com a mãe por volta de 12h. Como não apareceu, a família começou a ligar e mandar mensagem.

Na manhã de sábado (24/08/2019), os policiais conseguiram imagens do circuito de segurança da região de onde Letícia tinha desaparecido, em Planaltina. Uma vizinha relatou que havia visto a advogada entrando em um veículo — um Gol de cor branca.

A polícia foi atrás da informação, mas não achou o carro citado pela testemunha. Quando os investigadores excluíram essa possibilidade, passaram a ver novamente as imagens de segurança para identificar atitudes suspeitas. Constataram que um veículo de cor prata fez uma parada no ponto de ônibus em que Letícia estava. O veículo passou no local uma vez, depois retornou.

Ao abordar o suspeito, que estava em uma Blazer prata, os policiais encontraram no porta-luvas do carro uma bolsinha, com fichário e material escolar, além de um relógio, objetos que são de Letícia. O celular da advogada estava atrás do banco. O cozinheiro afirma que os itens encontrados no carro dele foram comprados.

No dia do desaparecimento de Letícia, Marinésio disse que foi levar a filha no colégio, depois seguiu para a casa da irmã por volta das 9h50. Não consegue explicar, porém, o que fez nas duas horas que se passaram entre o momento em que Letícia sumiu e este horário. Com indícios fortes de sequestro, a polícia conseguiu a prisão temporária do cozinheiro. O prazo é de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.

Letícia foi abordada na parada de ônibus por volta das 7h42. “Ele (Marinésio) confirma que parou em frente à parada de ônibus. Mas nega que Letícia tenha entrado no veículo. Disse que parou para um carro passar. Quando a polícia mostra as imagens, fica calado”, ressaltou o delegado, em coletiva de imprensa.

O suspeito foi preso na madrugada de domingo (25/08/2019). Casado, pai de uma filha de 16 anos, ele não tem passagens pela polícia. O carro do cozinheiro passa por perícia. Marinésio nega conhecer Letícia. Disse também à polícia que não faz transporte pirata e tampouco emprestou o veículo para alguém. Mas confessa ter dado “algumas caronas”.

O último trabalho de carteira assinada foi há um ano e dois meses para uma empresa terceirizada. O homem mora no Vale do Amanhecer, em Planaltina. “Ele é o único suspeito até o momento”, disse o delegado. No carro do suspeito, a polícia encontrou uma nota de R$ 5, o mesmo valor que Letícia pegou com o marido antes de seguir até a parada de ônibus.

fonte: Metrópoles.

 

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