Os protestos e a paralisação de atividades no setor petrolífero do Equador durante a primeira quinzena de outubro provocaram perdas de US$ 137 milhões, afirmou nesta segunda-feira (25) o gerente interino de operações da empresa estatal Petroamazonas, Lenín Pozo.
Pozo afirmou à rádio Sonorama que US$ 8,3 milhões deixaram de entrar nos cofres públicos porque não foi possível exportar 1,5 milhão de barris, outros US$ 34 milhões foram perdidos pelo fechamento forçado de 101 poços, US$ 10 milhões foram gastos para remediar danos na infraestrutura nos campos, US$ 3 milhões foram danos ambientais causados pelo manifestantes e o restante foi investido em reparos nos poços, todos localizados na Amazônia.
O executivo acrescentou que foram lançados 78 processos judiciais para demandar o ressarcimento dos bens do Estado. “O que queremos é que danos como estes não voltem a ocorrer em nossas instalações”, afirmou.
Além do setor petrolífero estatal, setores empresariais e comerciais calcularam em mais de US$ 1,6 bilhão as perdas por causa dos manifestantes. Nas duas primeiras semanas de outubro, o Equador foi sacudido por protestos sociais e especialmente indígenas, contra um substancial aumento dos combustíveis determinado pelo governo do presidente Lenín Moreno para estabilizar as finanças, mas teve que voltar atrás em meio aos violentos protestos. Grupos indígenas bloquearam as principais vias da maior parte do país, durante os protestos.
A Defensoria do povo anunciou a criação de uma comissão especial para investigar os fatos ocorridos durante a paralisação nacional, com enfoque nos direitos humanos. (Estadão Conteúdo)
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