Coluna César Gonçalves dia 20 de Abril de 2020

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Recentemente me manifestei alertando as lideranças do DF sobre a grave crise econômica que se aproxima em decorrência o isolamento horizontal determinado pelo governo do DF e de tantas outras comunidades. Meu questionamento era que descemos o nível da nossa já frágil economia para o nível da ineficiente oferta de saúde pública. Como não haviam leitos, profissionais de saúde e equipamentos médicos necessários, a solução encontrada foi fechar grande parte das empresas e isolar as pessoas. Examinando os números do mês abril no DF, cerca de 17 pessoas foram a óbito por causa do Covid e apenas 18 estão internadas em UTIs. Pensei no enorme número de empresas que vão encerrar suas atividades por não suportar esse período sem receita. Estimo que será agregado ao mercado de desempregados no DF cerca de 50 mil pessoas( ainda é cedo para precisar esses números). Lamentei que nossos líderes tenham aceito o argumento fácil de que isso era necessário para preservar vidas. Quais vidas, me pergunto? Centenas de pequenos e médios empresários não sabem o que fazer de suas vidas depois dessa quarentena. Milhares de trabalhadores experimentarão o amargo remédio do desemprego e da desesperança. O próprio governador reconhece que a pandemia só se esgota quando cerca de 70% da população adquirir anticorpos. Então se conclui que a contaminação sempre foi inevitável e que os que correm mais riscos de óbitos são aqueles que tem comorbidades. Não teria sido mais fácil então decretar o isolamento vertical? O setor de turismo vai amargar um longo período pela frente até que a população se sinta confiante para viajar, se hospedar, ir aos bares e restaurantes. As medidas em curso para empurrar os débitos para frente, somadas às perdas de renda da população e o medo da contaminação, formam a equação perfeita para criar uma recessão que irá durar pelo menos 1 ano. Os adversários políticos usarão o discurso, também fácil, para imputar aos governantes a culpa pela recessão. No meio de tudo isso, estarão os empresários descapitalizados e desmotivados para empreender e renovar seus sonhos de prosperidade. E os trabalhadores desempregadas aumentarão os custos sociais do Estado, que a cada dia ficará mais deficitário e mais ineficiente. Esse círculo vicioso de decisões equivocadas precisa parar. Deixem o setor produtivo funcionar e retirem dele essa alta carga parasitária que o suga até a morte! Aí então o Brasil vai dar certo!

César Gonçalves

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