Câncer: prevenir e combater sempre!

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Pandemia e Covid são as palavras do momento quando se fala em saúde, claro. Porém, por mais que o foco do planeta nos últimos meses seja o combate ao coronavírus — na prevenção do contágio ou busca pela imunização –, não podemos esquecer que a saúde compreende uma série de outras doenças.

E que boa parte delas precisa continuar a ser monitorada, cuidada e tratada. Não adianta a gente se preocupar com a Covid e deixar de lado cuidados importantes de outros males que podem nos acometer. Um deles é o câncer.

Segundo Andre Ilbawi, especialista da Organização Mundial da Saúde, a pandemia está prejudicando o tratamento de câncer em cerca de metade dos países analisados. O foco no Covid-19 tem causado dificuldades e atrasos de diagnósticos, tratamentos, pesquisas, estatísticas etc., além de estresse extremo dos profissionais de saúde e médicos.

Ontem, 4 de fevereiro, foi comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, e nada mais justo do que entrarmos nessa corrente. Em 2021, a data completa 21 anos e segue buscando ampliar a conscientização sobre a doença e incentivar sua prevenção, detecção precoce e tratamento adequado.

A campanha mantém o tema #IAmAndIWill (#EuSoueEuVou), proposto pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC). O slogan representa o poder que uma ação individual tem para influenciar o futuro. A premissa é que qualquer pessoa pode reduzir o impacto potencial do câncer na própria vida e na vida de seus familiares e amigos.

E isso é fundamental. Afinal, o câncer já é a segunda principal causa de morte no Brasil, responsável por cerca de 185 mil óbitos por ano. Para 2025, a previsão da OMS é a de que o número de brasileiros atingidos pela doença será 50% maior. O aumento do número de pessoas e o envelhecimento populacional são algumas das causas para tal resultado. Portanto, a prevenção é muito importante.

Além disso, a prevenção primária do câncer com mudanças no estilo de vida das pessoas é uma das apostas para o controle da doença. Para se ter uma ideia, 34% das mortes por câncer registradas anualmente entre os brasileiros — ou seja, 1/3 — poderiam ter sido evitadas com melhorias no estilo de vida da população.

Esta é uma das conclusões do estudo feito por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de SP (FMUSP) e da Universidade de Harvard (EUA), publicado na revista Cancer Epidemiology.

Em nível mundial e sem distinção de gênero, o câncer de mama tomou o lugar do câncer de pulmão e se tornou a forma mais comum da doença, de acordo com a OMS.

A obesidade tem elevado o número em geral, e no caso das mulheres é um dos principais fatores para essa mudança. Potencializado durante décadas pela indústria do tabaco e elevado consumo de cigarros, o câncer de pulmão foi o tipo mais comum da doença nos últimos 20 anos, mas agora está em segundo lugar, à frente do câncer colorretal, o terceiro mais disseminado.

À medida que a população global cresce e a expectativa de vida aumenta, o câncer também deve se tornar mais comum, avançando dos 19,3 milhões de casos novos por ano em 2020 para cerca de 30 milhões em 2040.

No Brasil, atualmente, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer que mais mata homens é o de traqueia, brônquios e pulmões, seguido de próstata e em terceiro, o de cólon e reto. Já, no público feminino, o câncer com maior mortalidade é o de mama, seguido de traqueia, brônquios e pulmões e em terceiro, o de cólon e reto.

Aqui mesmo em Sorocaba existem diversas entidades que tratam do tema. Entre elas, por exemplo, a Maple Tree Cancer Alliance e a Liga Sorocabana de Combate ao Câncer. Criada em 1975, a Liga Sorocabana cumpre um importante papel na cidade, desenvolvendo ações preventivas e de auxílio às mulheres diagnosticadas com câncer de mama e ginecológico, além do custeio de exames para mulheres que aguardam pelos procedimentos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

A entidade também oferece às mulheres atendimento feito por assistentes sociais, psicólogas, nutricionistas, assistentes jurídicas e fisioterapeutas. Em parceria com uma ONG, há o recebimento e a doação de cabelos para a confecção de perucas às mulheres que necessitam do acessório. E ainda sutiãs e próteses externas para pacientes que passaram por mastectomia (remoção das mamas).

A atenção não é voltada apenas para o lado psicológico das mulheres atendidas, mas também para sua autoestima. Presidida por Márcia Rodrigues, a Liga promove ações e eventos para divulgar o trabalho de prevenção do câncer de mama e também angariar recursos.

Entre os eventos destacam-se a tradicional corrida Pink do Bem, que acontece anualmente em outubro. A prova já faz parte do calendário do “Outubro Rosa” da cidade. A Liga possui uma loja virtual com roupas para atividades físicas e camisetas temáticas, inclusive da Corrida Pink do Bem, cuja renda é revertida à entidade.

Quem quiser colaborar, por meio de doações, conhecer a entidade, ou para assistência de mulheres com diagnóstico da doença, pode entrar em contato pelos telefones: (15) 3342-3320 ou pelo WhatsApp (15) 98166-0093.

Vamos prevenir e combater o câncer!

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