A 340 milhões de anos-luz da Terra, em um aglomerado de galáxias chamado Abell 2877, um exemplar curioso produz ondas de rádio nas mais baixas frequências. Abrangendo uma área de 1,2 milhão de anos-luz, trata-se de uma imensa “água-viva” espacial – e cientistas estão de olho nesta “criatura” cósmica com a expectativa de que ela revele mistérios do Universo realmente antigos.
Tais sinais passavam despercebidos por equipamentos nos últimos 40 anos, explica Melanie Johnston-Hollitt, astrofísica da Universidade Curtin, Austrália, e sugerem que gases intergalácticos da região aceleraram elétrons expelidos de buracos negros monumentais há muito tempo. “Era uma fonte invisível [de dados] para a maioria dos radiotelescópios”, indica.