Em uma luta com decisão polêmica, tensa, dramática e decidida após mais de 14 minutos, Maria Portela perdeu para a judoca Madina Taimazova, do Comitê Olímpico Russo (ROC) e foi eliminada na categoria até 70 kg dos Jogos Olímpicos de Tóquio na madrugada desta quarta-feira (28/7). A brasileira recebeu três punições por falta de combatividade no golden score, que durou quase 11 minutos, e parou nas oitavas de final. Foi o combate mais longo do da Olimpíada no Japão até o momento. Ela teria acertado um wazari no tempo extra, mas o VAR não validou o golpe.
“Eu queria muito vencer”, disse a brasileira, chorando copiosamente. “Tive muitos desafios para chegar aqui. Quero agradecer todos que me ajudaram a chegar até aqui. Acho que dei tudo ali no tatame”, continuou ela, ainda aos prantos.
O ex-judoca Tiago Camilo, medalhista olímpico em Sydney-2000 e Pequim-2008, entendeu que a gaúcha foi duplamente prejudicada pela arbitragem. “A brasileira claramente prejudicada nessa luta Tanto nesse golpe não pontuado quanto na decisão do golden score. Nessa última punição que ela tomou”, afirmou.
Outros judocas e ex-judocas brasileiros endossaram a opinião de Tiago Camilo e também reclamaram da decisão dos juízes nas redes sociais. “Não darem o wazari pra Portela.. pra que serve o VAR? Francamente. Lamentável”, contestou Flavio Canto.
Com a derrota, Maria Portela fica fora da briga por medalhas em Tóquio na categoria até 70 kg. No entanto, ela e outros judocas do País voltarão em ação na disputa por equipes na próxima sexta-feira.
“Eu não estava nervosa. Estava consciente. Sabia o que fazer. Estudei bastante ela, mas tem coisas que a gente não controla”, lamentou a brasileira.
Masculino
Representante Brasil na categoria até 90 kg masculina do judô, Rafael Macedo caiu na primeira rodada na Olimpíada. O brasileiro sofreu derrota relâmpago para o cazaque Islam Bozbayev, número 21 do mundo. Ele foi derrotado aos 30 segundos de luta depois que o oponente do Cazaquistão pegou na manga de seu quimono e o jogou no chão, encaixando um ippon.