Thiago Braz promete bela disputa por medalha com Armand Duplantis, sueco campeão e recordista mundial, na segunda-feira. Nas eliminatórias, ambos fizeram 5,75 metros sem sustos, apesar de problemas musculares do brasileiro. O compatriota Augusto Dutra saltou 5,65 metros, marca alcançada por três dos 12 finalistas, mas acabou eliminado por ter realizado o salto apenas na segunda tentativa. Quem fez no primeiro, se garantiu.
“Não foi fácil, tive um dia difícil, senti cãibras nas duas panturrilhas e corri menos, só para alcançar a marca mesmo. Espero ter um ótimo salto na segunda-feira e buscar melhores marcas”, revelou Thiago Braz, em entrevista ao canal SporTV.
Duplantis passou os 5,75 com sobras. Thiago Braz também superou a altura, logo a seguir. Mas não com tanta folga. Faltava Augusto Dutra se garantir após duas falhas. Na tentativa final, encaixou mal a vara e acabou acertando levemente no sarrafo, derrubando-o. Por pouco não se garantiu também.
O Brasil teve três representantes no lançamento do disco feminino, que garantia classificação automática à final a quem alcançasse 64 metros. A final reúne 12 atletas. No Grupo A, Fernanda Martins lançou a melhor marca em 57,90 metros e fechou no 10º lugar entre 16 atletas. Com o começo do Grupo B, despencou para 21º e foi eliminada.
Nestas chave estavam Izabela da Silva e Andressa de Morais, com as melhores marcas na carreira na casa dos 61 metros. Izabela fez 61,52 metros no segundo lançamento. Andressa queimou as duas primeiras chances. Tinha uma chance para tentar a classificação e fez abaixo do esperado.
Como não conseguiu superar sua marca na tentativa final, Izabela passou por momentos de agonia acompanhando as rivais, uma a uma, irem caindo com marcas piores. Restava a representante croata. Lançamento bom, mas não suficiente para desbancar Izabela e festa da brasileira, que completará 27 anos na segunda-feira, dia da final.
“Estou muito feliz de ter realizado este sonho, num país que gosto mundo. Ir à final no dia do meu aniversário. Que belo presente”, afirmou Izabela, bastante feliz com a classificação em sua primeira Olimpíada.
Na bateria 4 dos 800 metros, o carioca Thiago André fechou com o oitavo e último lugar. Ele terminou com 1min47s75, tempo bem distante dos cinco melhores, que fecharam na casa dos 1min45s.
A frustração de Thiago André após a prova teve fundamento. Repetisse o tempo que o garantiu em Tóquio, não apenas avançaria, como ainda seria o campeão da bateria. Ele se classificou à Olimpíada, há um mês, com 1min44s92 em São Paulo, o 14º melhor tempo do mundo no ano.
Estreante em Jogos Olímpicos, Ketiley Batista também não conseguiu alcançar a marca sonhada nos 100 metros com barreira e terminou em 8º na bateria, com 13s40, fora das semifinais. “O objetivo era abaixo dos 13 cravados e infelizmente não aconteceu, mas estou feliz por estar aqui. A marca vai sair, hoje não deu, mas fico contente com a participação.”
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