Um casal de espiões dos Estados Unidos foi preso por tentar vender segredos de submarinos nucleares ao Brasil. Jonathan e Diana Toebbe ofereciam documentos roubados de um escritório da Marinha dos EUA em Washington. Eles foram capturados por um agente do FBI, com a colaboração de autoridades brasileiras.
Reatores nucleares
Jonathan Toebbe é engenheiro e trabalhava para a Marinha dos EUA. Durante vários anos, ele roubou documentos confidenciais sobre os reatores nucleares que alimentam os submarinos. Os espiões alegaram que escolheram o Brasil para vender os documentos pois se trata de um país rico o suficiente para comprar o material, mas que ao mesmo tempo não é hostil aos Estados Unidos.
Há dois anos o casal abordou a agência de inteligência militar brasileira oferecendo os documentos secretos. Eles pediram um pagamento inicial de aproximadamente US$ 100 mil em criptomoedas. Após receber a carta dos espiões com a proposta de venda dos documentos, as autoridades brasileiras entraram em contato com o FBI.
A partir daí, um agente do órgão dos EUA passou a se comunicar com o casal, se fazendo passar por um oficial brasileiro. No início, Jonathan Toebbe ficou desconfiado de que pudesse estar sendo enganado e pediu uma prova de que falava com um representante do Brasil.
Assim, o agente do FBI orientou Jonathan a procurar um sinal colocado em uma janela em um prédio do governo brasileiro em Washington durante o fim de semana do Memorial Day de 2020 (feriado que homenageia militares dos EUA mortos em combate). A operação foi feita na capital dos Estados Unidos com a cooperação de autoridades brasileiras. Após reconhecer o sinal, o espião deixou uma amostra dos segredos escondida em um sanduíche de pasta de amendoim em um restaurante na Virgínia Ocidental.
Jonathan e Diana Toebbe acabaram presos em outubro de 2021. O casal se declarou culpado pelas acusações de espionagem. Ele pode pegar até 17 anos de prisão, enquanto ela pode ser condenada a até três anos atrás das grades. Apenas agora foi revelado que o país para quem eles pretendiam vender os segredos era o Brasil.