Delmasso defende lotérica distrital, mas é contra cassinos na capital

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O projeto de lei do Governo do Distrito Federal (GDF), que pretende criar uma loteria distrital, só será aprovada na Câmara Legislativa (CLDF) pela bancada evangélica se a emenda apresentada pelo deputado distrital e vice-presidente da Casa, Rodrigo Delmasso (Republicanos), for incorporada. Terminantemente contra os jogos de azar, o parlamentar quer garantir que bingos e cassinos não venham a ser implementados na capital federal.

Delmasso explica que é praxe os distritais ligados ao público evangélico serem contra a criação de qualquer tipo de jogo. “É uma tradição nossa. Nós defendemos a família e entendemos que jogos de azar prejudicam a família diretamente, endividando o familiar”, diz.

Observando o movimento no Congresso Nacional, o deputado diz que ficou temeroso de o projeto de lei abrir precedente para que sejam criados cassinos e reabertas casas de bingo no DF. “Nós reunimos a bancada e apresentamos uma emenda a esse projeto. Proíbe a extensão da loteria distrital para outros tipos de jogos de azar. É uma precaução”, alerta.

Essa emenda, diz ele, é inegociável. “A bancada evangélica vota o projeto desde que a emenda seja aprovada. Se não for, nós não vamos poder votar com o governo. Mas conversei com o governador e ele é sensível e favorável”, destaca. As declarações foram dadas em entrevista ao Metrópoles.


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Delmasso também comentou o polêmico projeto do GDF que busca abrir crédito de R$ 500 milhões para serem injetados em empresas de ônibus na capital. Segundo o vice-presidente da CLDF, o modelo adotado na licitação é errado. Ele defende uma reformulação no transporte público da capital, mas diz que, no atual momento, a aprovação do dinheiro se faz necessária. “Esses R$ 500 milhões precisam ser aprovados senão o sistema quebra”, resume.

Delmasso comentou, ainda, o cenário político para as eleições deste ano. Ele, que concorrerá ao terceiro mandato, reafirma o apoio ao governador Ibaneis Rocha (MDB) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para os cargos de chefe de Executivo local e federal, respectivamente.

A única preocupação do distrital tem sido com a vaga para o Senado. Atualmente, há três nomes da direita dividindo votos: a ex-ministra de Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), a deputada federal Flávia Arruda (PL) e o ex-senador Paulo Octávio (PSD). “É uma coisa que precisa ser resolvida pelo Palácio do Planalto. O que eu fico temeroso é que quando qualquer um dos lados, seja esquerda ou direita, se dividem, o outro ganha”, analisa.

Durante a conversa, o vice-presidente da CLDF comentou como foi legislar durante a pandemia. Veja a entrevista completa abaixo:

 

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