Prático e barato, lambe-lambe está em alta no décor. Aprenda como usar

Seja na moda, seja na decoração, as tendências das décadas de 1960, 1970 ou 1980 têm ganhado cada vez mais força com elegantes releituras. Assim como as calças skinny deram lugar às de corte reto, paredes brancas já não ostentam o mesmo charme que antes. Buscando novas maneiras de dar bossa ao décor, os lambe-lambe, comum em festivais, invadiram  as casas.

Essa febre começou no final do século 19, quando a indústria da publicidade se aproveitou da mesma tecnologia usada para imprimir jornais a fim de criar pôsteres e cartazes, divulgando eventos, produções artísticas e do circo, e até para publicidade política.

Logo eles passaram a invadir as ruas e lugares públicos para chamar atenção de pedestres. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, os lambe-lambe entraram de novo no radar dos amantes de decoração, como forma de protesto e apoio à contracultura – momento em que a arte de rua enxergou uma oportunidade na propaganda imediata e massiva para se expressar.

Foi quando eles passaram a ser produzidos em larga escala, ocupando enormes paredes com propagandas ou mensagens.

Barata e de simples aplicação, ela ainda é usada de forma recorrente na publicidade. Não é incomum ver as folhas desse tipo para a divulgação de shows, eventos ou campanhas políticas.

Festivais como Lollapalooza e camarotes de eventos recorrem à essa proposta para criar ambientes instagramáveis – aquela parede decorada em que o público ou convidado posa para um foto e publica nas redes sociais.

 

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Lambe-lambe no décor

Para quem busca por opções práticas e modernas para decorar uma parede ou cômodo sem graça, os lambe-lambe surgem como ótimas escolhas. “Eles podem ser coloridos, transmitir mensagens por meio de fotos, frases ou somente cores para compor na decoração. Tudo depende da proposta do projeto e do perfil do cliente”, explica a arquiteta Pati Cillo.

Uma espécie de revestimento para a parede, o recurso permite que sejam exploradas cores, desenhos e mensagens, ser colado de forma simétrica ou sem qualquer padrão de colagem. Sem lugar certo para ser aplicado, as folhas podem ser aplicadas em meia parede, na parede inteira e até no teto. A ideia é fazer valer o que “a pessoa quer transmitir quando o escolhe”, ressalta a arquiteta.

“Uma dica que dou aos meus clientes é tentar não sobrecarregar o ambiente. Que você escolha realmente só uma parede, ou uma parede e um teto, por exemplo”, explica a arquiteta Cristiana Pinheiro.

A dica é tentar equilibrar a decoração do local em que as colagens foram aplicadas com outros objetos: revestimento do sofá, escolha das almofadas, cor dos móveis e tudo o mais que possa ressaltar, apagar ou “pesar” a quantidade de informações.

“Outra coisa para estar atento é quanto à umidade da parede, ela precisa estar livre de umidade senão vai estragar a colagem. Além do mais, a manutenção dele é simples se ele estiver numa parede seca que não receba nem muito sol. No mais, só um paninho seco mesmo para tirar poeira”, ressalta a arquiteta.

Como aplicar?

Para ser caracterizado como lambe-lambe, o papel precisa ser simples e de fácil aplicação, que lembre de fato um cartaz. Dá para comprar as folhas já prontas pela internet ou, para quem curte a personalização, em casa.

Se preferir o estilo “faça você mesmo”, basta escolher as imagens que mais te agradam na internet, ajustá-las ao tamanho da impressão (A4, A3 ou outros tamanhos) e imprimir normalmente.

Depois, para colar, basta usar cola, água e um rolo de aplicação. Ficou em dúvida? Veja o passo a passo:

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