Com golpes do Pix e de App de namoro, casos de sequestro explodem em 2022

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São Paulo – O date foi marcado por aplicativo de namoro. Acreditando ter um encontro com uma mulher, um homem morador de São Paulo, de 46 anos, foi até Itaquaquecetuba, na região metropolitana, mas acabou vítima de sequestro e obrigado a transferir R$ 13 mil, via Pix, para os bandidos.

O caso aconteceu em 25 de novembro do ano passado e entrou para as estatísticas que confirmam o aumento de 143,5% em crimes de extorsões mediante sequestro no Estado de São Paulo em 2022. O dado foi divulgado na quinta-feira (26/1) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Ao todo, o Estado registrou um total de 56 ocorrências de extorsão mediante sequestro – o maior número em São Paulo dos últimos cinco anos. O Estado havia notificado 23 em 2021 e e 10 em 2020.

Para o Instituto Sou da Paz, referência em análises de segurança pública, o aumento expressivo, com mais do que o dobro de ocorrências, pode estar relacionado à maior circulação de pessoas após o período mais duro da Covid-19.

“Esta modalidade de crime violento tem crescido no Estado com o retorno da circulação e o arrefecimento da pandemia”, analisa o instituto, em nota. “É importante observar que em 2022 a capital concentrou 44 das 56 ocorrências de extorsão mediante sequestro do Estado, ou seja, 78% destes crimes”.

Um dos casos da cidade de São Paulo aconteceu em Pirituba, na zona norte, no dia 27 de dezembro. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem chega ao local de um encontro mas é sequestrado por três homens.

Promessa de redução dos índices

Os dados divulgados são referentes à gestão João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB) em São Paulo. Em nota, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que “reforçou o compromisso em combater a criminalidade” e iniciou “trabalhos para reduzir os índices criminais que estão em alta”.

“A análise dos dados criminais usa como referência o mês de dezembro e os 12 meses de 2019, período pré-pandemia em que não houve restrição da circulação das pessoas. Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus, que impactou diretamente a dinâmica criminal”, diz a SSP.

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