Ex-Casamento às Cegas diz: “Nem todo final feliz é composto por dois”

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“De repente todo mundo sabe quem eu sou e o que eu penso.” Essa foi uma das mudanças que Amanda Souza percebeu na vida após participar da segunda temporada de Casamento às Cegas Brasil, da Netflix. Aos 36 anos, a consultora de imagem e estilo pessoal conquistou fãs em todo o país e jogou luz a um assunto ainda cheio de tabus na sociedade, a gordofobia

“A gente está falando de uma experiência no âmbito amoroso, mas, se for pensar, é o menor dos problemas. A gente precisa pensar que pessoas gordas muitas vezes não têm direito de ir e vir por não caberem em espaços. Gordofobia é gigante, abrange toda a vida de uma pessoa gorda. Existem pessoas morrendo que não conseguem ser transportadas, não tem como ser enterradas, nem na morte elas tem um pouco de dignidade. E tudo gira em torno de um corpo”, analisa. 

No programa — que consiste em se apaixonar apenas conversando com a pessoa, sem vê-la —, Amanda foi pedida em casamento por Paulo, mas o participante desistiu de seguir em frente com o relacionamento após o primeiro encontro dos dois. A situação foi apontada como gordofobia e rendeu diversas críticas ao homem, mas também mudou o rumo da vida dela. 

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“Acabei por inspirar outras mulheres pelo modo como vejo o amor, as decepções, meu corpo, minha imagem. Depois de Casamento às Cegas, eu tenho muita responsabilidade”, afirmou em conversa com o Metrópoles. “Mostrar o que aconteceu comigo lá é mostrar que nem todo final feliz é composto por dois. Às vezes está tudo bem dar errado e você segue sua vida”, completou.

A consultora de imagem explicou que é preciso respeitar os próprios momentos e ter a segurança de que os espaços são feitos para todos. Essa ideia ela divide com a filha de 15 anos. “Vejo ela aprendendo a se respeitar cada vez mais, mas pelos caminhos dela. Porque todas as mulheres têm dores, claro que com uma adolescente de 15 anos não é diferente. O que sei que deixo de mais valioso para ela é a forma que eu me respeito”, compartilha Amanda Souza. 

Ela lembra que é importante levantar discussões pertinentes e que deixem as mulheres mais livres: “Ser mulher é pesado em cada fase nossa, desde que a gente nasce. Se não é um padrão estético, é de vida, comportamento, que as pessoas esperam que a gente atinja.”

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