Jogador foi condenado a nove anos de prisão por um estupro cometido em 2015, em uma boate na cidade de Milão
O processo que avalia a possibilidade de homologação da pena imposta pela Justiça da Itália contra Robinho será definido apenas em 2024. O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e julga se o jogador cumprirá os nove anos de pena em solo brasileiro.
A Embaixada da Itália informou nos últimos dias ao relator do processo, ministro Francisco Falcão, que a possibilidade da justiça brasileira reconhecer a pena determinada pela corte italiana é legitimada em ordenamento jurídico da Itália.
Esse informe chegou ao STJ no dia 26 de novembro. Após o envio, o ministro deu cinco dias para que a defesa do jogador apresentasse sua manifestação. Com última a sessão de julgamento Corte Especial do STJ marcada para o dia 19 de dezembro, a situação de Robinho só será definida no ano que vem.
MPF defende que pena seja cumprida no Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) defendeu que o ex-jogador Robinho, condenado na Itália a 9 anos de prisão por um estupro coletivo, deve cumprir a sua pena no Brasil.
O crime ocorreu em 2013, mas Robinho foi condenado apenas em 2017. O jogador acabou recorrendo da decisão, mas foi condenado pelo crime em todas as instâncias. No ano passado, a Justiça da Itália julgou o brasileiro na terceira e última instância, impossibilitando qualquer outro tipo de recurso para ele.
A Itália pediu para o Brasil que Robinho fosse extraditado para cumprir a sua pena. O pedido foi negado, já que a Justiça Brasileira impede a extradição de seus cidadãos para o cumprimento de pena, mas agora ele pode cumprir no sistema penitenciário brasileiro.
Relembre o caso
O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.
O caso voltou à tona no fim de 2020, quando o jogador foi anunciado pelo Santos, em outubro. A repercussão da contratação, no entanto, foi a pior possível. Torcedores do Peixe e de outras equipes condenaram a diretoria e o atleta pela contratação.