Bolívia: Preso, general Juan José Zúñiga acusa Luis Arce de autogolpe

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La Paz, 27 de Junho de 2024 – Em uma reviravolta política que promete agitar ainda mais o cenário boliviano, o general Juan José Zúñiga, recentemente preso sob acusações de conspiração contra o governo, fez declarações explosivas alegando que o presidente Luis Arce está orquestrando um autogolpe para consolidar seu poder.

Zúñiga, detido na última semana em uma operação que o governo descreveu como parte de uma ação para evitar um golpe de estado, afirma que as acusações contra ele são fabricadas. Em uma declaração divulgada por seus advogados, o general acusou Arce de usar a prisão de opositores como pretexto para aumentar seu controle sobre as instituições do país.

“Estamos testemunhando um movimento calculado do presidente Luis Arce para eliminar qualquer forma de dissidência e consolidar um regime autoritário. As acusações contra mim são infundadas e têm como único objetivo desviar a atenção de suas verdadeiras intenções”, afirmou Zúñiga em sua declaração.

As alegações de Zúñiga surgem em um momento de crescente tensão política na Bolívia. Desde a posse de Luis Arce em novembro de 2020, após a renúncia conturbada de Evo Morales, o país tem enfrentado uma série de desafios políticos e sociais. A oposição acusa Arce de continuar com práticas autoritárias semelhantes às de seu antecessor, enquanto seus apoiadores defendem que o presidente está apenas tentando restaurar a ordem e a justiça após anos de turbulência.

A reação do governo às acusações de Zúñiga foi rápida. Em um pronunciamento oficial, o porta-voz da presidência, Jorge Richter, classificou as declarações do general como “desesperadas e infundadas”. “O general Zúñiga está tentando desviar a atenção de suas ações criminosas. O governo de Luis Arce está comprometido com a democracia e a legalidade, e qualquer tentativa de golpe será tratada com a firmeza necessária”, afirmou Richter.

Analistas políticos estão divididos quanto às alegações de Zúñiga. Alguns veem as acusações como parte de uma estratégia de defesa desesperada, enquanto outros alertam para a possibilidade de que possa haver uma verdade oculta nas palavras do general. O futuro político da Bolívia, mais uma vez, parece incerto, com a população aguardando ansiosamente os próximos desdobramentos.

A prisão de Zúñiga e suas graves acusações certamente intensificarão o debate sobre a direção que a Bolívia está tomando sob a liderança de Luis Arce. Com a população profundamente dividida e um cenário político volátil, resta saber como esses eventos impactarão o futuro da nação.

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