Estreia nesta quinta-feira (25/8) O Debate, filme que marca a estreia de Caio Blat como diretor de cinema. Estrelado por Debora Bloch e Paulo Betti, que interpretam os jornalistas Paula e Marcos, a produção simula um futuro último debate presidencial antes do segundo turno das eleições de 2022.
No longa-metragem, os jornalistas Paula (Debora Bloch) e Marcos (Paulo Betti), que acabaram de se separar depois de 20 anos juntos, discutem como devem conduzir a edição dos melhores momentos do debate que o canal vai exibir. Paula e Marcos têm opiniões divergentes, mas continuam amigos e parceiros de trabalho. O filme invade a intimidade do casal que discute sobre amor, liberdade, política, democracia, jornalismo e a vida do país nos últimos anos.
“Esse filme surgiu da urgência de ter uma participação artística nesse momento que a gente está vivendo no Brasil. A gente espera que ele [o filme] contribua, de alguma maneira, para que a gente mude o país, para que a gente mude a maneira das pessoas discutirem e debaterem”, explica a atriz Debora Bloch.
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“É um filme muito interessante de ser discutido. Ele propõe um debate sério sobre os motivos de você apoiar ou não os candidatos, sobre essa entidade que é a televisão e o jornalismo e sobre neutralidade. Será que é legal a gente ficar em cima do muro e não se posicionar?”, questiona o ator Paulo Betti.
Baseado no livro O Debate, de Jorge Furtado e Guel Arraes, a produção foi realizada em pouco tempo e com poucos recursos pelo diretor estreante Caio Blat. A correria para terminar o longa-metragem partiu da urgência de contemplar o período de início da campanha eleitoral.
“Já fiz filmes sobre a história do país sempre olhando para trás, sobre a ditadura, sobre o Carandiru. É a primeira vez que a gente tenta fazer um filme refletindo sobre o presente. É uma coisa muito ousada, muito corajosa e muito empolgante para nós, como artistas, que o cinema participe da discussão do país”, comemora o diretor Caio Blat.
O filme é, segundo os próprios famosos, uma tentativa de mostrar o posicionamento dos artistas perante o atual panorama do Brasil.
“Tentamos achar uma forma diferente de nós artistas nos colocarmos. Estamos usando o que a gente sabe fazer, historia, dramaturgia, atuação, direção, para nos expressarmos como artistas. Nós não temos legitimidade para obrigar ninguém a fazer nada, mas nós podemos falar de política para um público através da nossa arte. Nós não estamos a serviço de ninguém, é um modo novo de participar. É um filme de artistas, de um coletivo de artistas dando sua opinião”, avalia o roteirista Guel Arraes.
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