Pandemia obriga professores a se reinventarem no EAD

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O crescimento do ensino a distância (EAD) na pandemia obrigou os professores a migrarem para o ambiente on-line e se reinventarem na profissão. A nova modalidade ganhou força após o fechamento de faculdades por causa do distanciamento social imposto por governos estaduais para frear a disseminação da Covid-19.

Em 2020, dos 3,7 milhões de ingressantes no ensino superior, 53,4% estavam matriculados em cursos a distância. Dez anos antes, em 2010, só 17,4% dos novos universitários estudavam por essa modalidade.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o EAD cresceu 428,2% desde 2010. Enquanto isso, o número de matrículas em cursos presenciais diminuiu 13,9%,

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O Metrópoles conversou com especialistas que apontaram que o aumento de estudantes dentro da modalidade EAD não representa o fim da educação presencial, mas sim uma adaptação aos novos tempos, com tecnologias mais avançadas, como a realidade virtual, e conteúdos multiplataformas.

“Então, é uma rigidez do presencial que muitas vezes não está alinhada às novas características do mercado de trabalho também dessa nova realidade em que nós vivemos em que as pessoas atuam muitas vezes em empresas e instituições e que elas não estão sincronamente vivenciando o espaço de trabalho”, explica Leticia Lopes Leite doutora em Ciência da Computação e professora da Universidade de Brasília (UnB).

Leite reforça a importância dos professores estarem sempre em busca de novas capacitações e de qualificações para se adequarem ao mercado de trabalho, que exige cada vez mais uma imersão dentro da tecnologia presente da EAD.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que, entre março de 2020 e dezembro de 2021, cerca de 30 mil professores universitários saíram do mercado de trabalho, uma queda de 7,14%.

No primeiro ano de pandemia, 2020, mais de 8,6 milhões de estudantes se registraram em algum curso de graduação, segundo o Censo da Educação Superior. No mesmo período, a oferta de graduações EAD teve um aumento de 30%.

Para a professora e coordenadora de pós-graduação da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, Kelly Karynne Costa Amorim, é inegável que a pandemia acelerou a migração do presencial para o digital. Com a pandemia, as universidades foram obrigadas a se adaptarem à modalidade de ensino digital.

“O impacto trazido pela tecnologia é inegável e traz consequências no trabalho docente, como a necessidade de adaptação dos sistemas das escolas, faculdades e demais instituições de ensino”, afirma a professora da Mackenzie.

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