O ex-governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) procurou Jair Bolsonaro recentemente para se colocar como opção da direita na próxima eleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2024.
Garcia, que passa uma temporada em Miami, se encontrou com Bolsonaro durante o período de “auto-exílio” do ex-presidente em Orlando. As duas cidades ficam a quatro horas de distância.
O ex-governador tem colocado seu nome como opção somente caso o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), não demonstre capacidade suficiente para derrotar Guilherme Boulos (PSol-SP) na disputa.
Segundo aliados, Garcia estabeleceu o final deste ano como data limite para Nunes se viabilizar. Caso contrário, o ex-governador pretende fazer articulações mais explícitas para ser candidato a prefeito.
No início de março, a coluna noticiou que Garcia se encontrou com Nunes em São Paulo para reafirmar seu apoio, por ora, à reeleição do atual prefeito de São Paulo.
Resistências
Nas conversas, Garcia se vende uma opção “menos radical” que o ex-ministro do Meio Ambiente e atual deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que quer ser o candidato de Bolsonaro à Prefeitura de São Paulo.
A avaliação de aliados do ex-governador é de que, por mais que o apoio de Bolsonaro ajude, um candidato de perfil radical dificilmente vencerá a eleição na capital, que costuma ser mais progressista que o interior.
Caso consiga se viabilizar, a intenção do ex-governador paulista seria convidar Salles ou outro integrante do PL de Bolsonaro para ser seu candidato a vice-prefeito.
A ideia de Garcia é sair candidato pelo União Brasil, partido que nasceu da fusão entre o PSL e o DEM. Antes de entrar no PSDB, em 2021, o ex-governador foi filiado ao DEM por mais de 20 anos.
Procurado pela coluna desde segunda-feira (10/4), Garcia não respondeu. O espaco segue aberto.
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