A expectativa do governo local é que 35% dos 9.233 cargos comissionados sejam exonerados até o fim do ano
Cinco das 35 secretarias do governo local foram extintas nos últimos três meses. O montante representa 14% das pastas que compõem o GDF. Foram excluídas as secretarias de Defesa Civil, Assuntos Estratégicos, Assuntos Internacionais, Comunicação Social – que teve parte dos cargos comissionados agregados à Secretaria de Publicidade – e a de Micro e Pequena Empresa, que também teve uma parcela do pessoal agregada à pasta de Desenvolvimento Econômico…
Os cortes não param por aí. A expectativa do governo local é que 35% dos 9.233 cargos comissionados sejam exonerados até o fim do ano. Desde o último dia 5, quando o atual governador Agnelo Queiroz (PT) perdeu as eleições, 450 cargos comissionados com ou sem vínculo com o governo local foram cortados. As exonerações foram feitas a pedido dos servidores ou solicitadas pelas secretarias.
A secretaria da Defesa Civil, por exemplo, foi agregada à de Segurança Pública. Segundo o subsecretário da pasta, Coronel Sérgio Bezerra, a parte operacional, formada por bombeiros, é suficiente para atender a demanda no período das chuvas. “Mesmo com os cortes, o trabalho da pasta não será prejudicado”, assegurou.
Novo governo
O corte de cargos comissionados também tem sido discutido pelos candidatos ao GDF. Se eleito, Jofran Frejat (PR), afirmou que pretende enxugar a máquina administrativa para abrir espaço no orçamento para investimentos. “É certo que cortaremos grande número de cargos comissionados, que nos últimos anos serviram para fazer acomodação política na base aliada do governador Agnelo Queiroz. Estima-se que há 40 mil cargos comissionados na atual gestão”, justificou.
Já o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) afirmou que, se eleito, serão realizados cortes substanciais na administração pública. “Temos hoje no GDF quase 10 mil cargos comissionados, que abrigam servidores sem concurso público, indicados politicamente. O combate à burocracia vai começar pela reforma da administração. Vamos cortar 60% dos cargos comissionados, reduzir o número de secretarias, realizar concursos para recompor as carreiras de Estado e criar um modelo baseado em metas e resultados”, destacou.