Claudia Gaigher, repórter da TV Morena, afiliada da Globo em Mato Grosso, caiu em lágrimas ao vivo durante o Encontro com Fátima Bernardes desta sexta-feira (16/10). O motivo foi a gravidade das queimadas na região do Pantanal.
“A gente chora muito. Vou gravando e chorando. Tem hora que eu paro e não consigo. É a sensação de que veio uma onda de destruição. Não tem mais nada, tudo queimado e destruído. É uma sensação de impotência muito grande, porque não há o que fazer, o fogo chega de uma forma absolutamente veloz”, contou.
Ela ainda mostrou insatisfação com a situação e afirmou que grande parte dos incêndios no Pantanal acontecem de forma ilegal: “Eu me sinto um pouco revoltada e indignada porque foi permitido que isso acontecesse. A maioria dos casos de incêndio que acontece na região é cometido de forma ilegal”.

Anta é resgatada com patas queimadas no Pantanal
Divulgação/Marinha do Brasil

Divulgação/Força Nacional

Foto do acidente no Pantanal
Material cedido o Metrópoles

Queimadas também assolam o Pantanal
João Farkas/IPSIS Gráfica e Editora/Roupartilhar/Reprodução

O Pantanal registrou o maior número mensal de focos de incêndio desde o início da série histórica levantada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998
Mayke Toscano/Secom-MT

Incêndios castigam o Pantanal
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Região do Pantanal foi drasticamente impactada pelos incêndios
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No final de semana, as chuvas ajudaram a reduzir os focos de incêndio, que já destruíram cerca de 15% do bioma
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Os animais são muito afetados pelo fogo
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Se comparecer, Salles deverá também mostrar políticas públicas voltadas para preservação da fauna e flora local
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Jeferson Prado/O Livre

Incêndios assolam o Mato Grosso
Saul Schramm/Governo do MS
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Fátima Bernardes questionou como a população ribeirinha está enfrentando os incêndios, ao que Claudia respondeu: “Essas pessoas são muito importantes para aquela região, porque elas se habituaram e sabem viver de acordo com o que a natureza permite. São pessoas muito valentes, que ajudam nesse combate. São pessoas que vêm do Brasil inteiro e ganham salário mínimo, ficam contratados só por seis meses, e são incansáveis”.
Além da repórter, o coronel Angelo Rabelo, que mora na região e está ajudando no combate às queimadas, também chorou durante o Encontro. “Saí de lá há poucas horas e ainda carrego essa paisagem de cinzas, de animais morrendo, e isso com certeza em um momento de forte emocionalmente. Mas não nos faltará força”, garantiu.
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