Para compensar a queda no número de passageiros, o GDF pediu aos deputados distritais que aprovem crédito suplementar de R$ 100 milhões
O Governo do Distrito Federal encaminhou à Câmara Legislativa do DF (CLDF) novo pedido de crédito suplementar de R$ 100 milhões para repassar às empresas de ônibus do transporte público. Esse é o terceiro pedido de complemento que chega à Casa a fim de subsidiar o serviço prestado à população.
“Com a pandemia, houve redução do número de passageiros. O uso do transporte com pagamento de passagem chegou a ficar em 25% da capacidade. Hoje, estamos com 65%, o que ainda provoca um déficit de receita para as empresas, pois mantivemos 100% da frota para que houvesse distanciamento”, afirmou o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro.
De acordo com o chefe da pasta, a decisão de pedir socorro à liberação de recursos do Tesouro Distrital ocorre para seja possível manter o preço das passagens com a mesma frota que roda atualmente.
“O subsídio é um complemento para que o DF não tenha aumento nas passagens de ônibus. Quando tenho menos passageiros, tenho de arranjar uma fonte de financiamento: ou será subsídio ou tarifa usuário. Por isso, o GDF pediu o crédito à CLDF”, afirmou Casimiro.
R$ 300 milhões
Somente em 2021, devido à queda de passageiros durante a pandemia de Covid, o GDF pediu a aprovação da CLDF para outros dois aportes, que somaram R$ 200 milhões. Se os próximos R$ 100 milhões forem aprovados, as ajudas para compensar a queda no número de pagamento de passagens chegarão a R$ 300 milhões.
“Com a aprovação do subsídio, não haverá aumento de passagens em 2021. Se não for aprovado, vamos avaliar diversas saídas. As possibilidades estão em torno da redução da frota ou do repasse ao usuário. As suplementações foram feitas em pedidos diferentes a partir da necessidade e observação da quantidade de usuários”, ressaltou o chefe da pasta de transporte.