The Last of Us: games viram nova aposta da TV e do cinema em 2023

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Apesar de mexer com os sentimentos de boa parte do público, uma coisa é preciso dizer: talvez os filmes de super-heróis não estejam mais no seu melhor momento. Em 2022, nenhuma dessas produções chegou a marca de US$ 1 bilhão na bilheteria. Então… qual seria a próxima tendência? Algumas pistas indicam os games.

Em 15 de janeiro, a HBO Max estreia uma das séries mais aguardadas do ano. The Last of Us pode ser um divisor de águas, pois, caso vá bem, pode marcar uma nova etapa no entretenimento: a adaptação audiovisual dos videogames.

“A vantagem desse game específico é que a história já é bastante dramática e cinematográfica, o que ajuda para a adaptação não ficar muito genérica. O drama de Last Of Us não está nos monstros, está nas relações ente os personagens”, afirma o jornalista e youtuber Pablo Peixoto.

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Games no cinema

“O maior desafio [na adaptação] é entender que o game é baseado na imersão, que dá ao jogador a oportunidade de viver aquilo. Televisão é uma experiência passiva, a gente assiste. Por isso, precisamos perguntar: qual parte é adaptável e qual parte precisar ser transformada para fazer sentido”, explicou Craing Mazin (chernobyl), produtor e diretor da série, durante coletiva de imprensa.

A preocupação de Craing faz sentido: a reputação das adaptações não é das melhores. Games como Street Fight e Mortal Kombat, por exemplo, ganharam versões criticadas para as telonas. Por isso, inclusive, era conhecida a tal “maldição dos videogames”. No entanto, esse cenário tem mudado pouco a pouco.

Nos últimos anos, títulos como Arcane, Sonic Uncharted: Fora do Mapa foram bem. 2023, por exemplo, já reserva The Last of Us e um filme sobre Super Mario, o símbolo da Nintendo.

“Sonic talvez seja o mais bem-sucedido dessa lista. Foi um filme barato, que trouxe um bom retorno para o estúdio, tanto que ganhou sequência. Uncharted também trouxe lucro, mas a expectativa era muito maior. Arcane foi uma das obras mais aclamadas da Netflix em 2021, foi indicada a prêmios importantes e conseguiu agradar os fã de LOL e aqueles que só queriam ver uma boa história sem nunca terem jogado League of Legends na vida. Halo não chegou nem perto de fazer o sucesso que a Paramount esperava”, avalia Michel Arouca, editor do Séries Maniacos.

“Tenho para mim que assim como os clássicos da literatura, quando os clássicos dos quadrinhos forem todos adaptados, a indústria vai olhar para os games como sua nova fonte de inspiração. E pode ser que venha daí a próxima era de blockbusters”, pondera Pablo Peixoto.

O fim dos hérois?

Mesmo que os resultados de bilheteria não sejam na ordem de bilhão, é ainda prematura falar no “fim dos heróis” no cinema. Filmes como Pantera Negra: Wakanda para Sempre e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura faturam US$ 823 milhões e US$ 955 milhões, respectivamente.

Além disso, o calendário de 2023 promete diversos lançamentos do gênero, tanto nos cinemas quanto na televisão. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania; Shazam! Fúria dos Deuses; Guardiões da Galáxia Volume 3; Homem-Aranha: Através do Aranhaverso e The Flash estão programados para o primeiro semestre (veja as datas aqui).

“Quanto aos filmes de heróis, por mais que exista um certo desgaste, esses filmes ainda geram muito dinheiro. E não existe nenhuma indicação de que os estúdios pretendem tirar o pé do acelerador, pelo contrário, juntando Disney, Sony e Warner Bros. Discovery, já temos garantidos diversas obras da Marvel e DC Comics nos próximos anos”, coloca Arouca.

“Eu não acredito que as adaptações de games vão ultrapassar os filmes de heróis em termos de quantidade tão cedo. Ainda existe uma certa ‘maldição’ do gênero que assombra a indústria”, conclui Arouca.

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