Polícia fecha boate que funcionava sem licença em Taguatinga

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Uma operação conjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), que envolveu a Polícia Militar, a Polícia Civil e o DF Legal (antiga Agefis), fechou a boate Alfa Club, no Pistão Sul, na noite desta sexta-feira (20/12/2019).

As autoridades policiais constataram que a casa noturna People’s Lounge Bar – fechada dois dias antes por funcionar sem licenciamento – transferiu suas atividades para a Alfa, também de forma irregular. Além do Alfa Club, várias outras boates e bares no Pistão Sul foram fiscalizadas.

No momento da abordagem policial, dezenas de pessoas aguardavam na entrada e foram revistadas pela Polícia Militar, que estava em busca de drogas e outros materiais ilícitos. Muitos jovens que iriam para a festa e chegaram depois do início da operação tiveram de pegar o caminho de volta.

Mesmo com as atividades suspensas, a People’s permaneceu anunciando a realização de eventos nas redes sociais. Um deles ocorreu no último dia 13/12/2019, na boate que funciona ao lado, a Alfa Club. A festa “Sexta-feira 13” tinha bebida liberada até as 5h da manhã.

Nos arredores da casa de shows, várias ocorrências já foram registradas, incluindo roubos, furtos, tráfico de drogas, lesão corporal e até mesmo tentativa de homicídio. Recentemente, o vídeo de uma segurança do estabelecimento repercutiu no Distrito Federal ao mostrar a mulher arremessando uma cliente ao chão e a chutando em seguida.

foi apurado  apurou que, apenas neste ano, a 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) registrou 172 ocorrências de crimes ocorridos no local. São quase duas por dia. Todos os episódios de violência se deram no período da noite, nos dias de festa promovidas pela People’s Lounge Bar.

Boa parte dos registros é de roubo e furto de celulares dentro e nas adjacências da casa de shows. “A delegacia investiga cada caso, com a possibilidade, inclusive, de responsabilizar o responsável pelo estabelecimento”, explicou o delegado-chefe da 21ª DP, Luiz Alexandre Gratão.

Outro lado

A reportagem não conseguiu contato com os representantes da boate nesta sexta-feira. Na última terça, a empresa negou qualquer ocorrência de tráfico de drogas dentro da casa e afirmam que a tolerância é zero para entorpecentes. “Muitas vezes, o cigarro de palha é confundido com o de maconha”, disse um deles, que preferiu não identificar.

Informaram, ainda, que o local conta com 10 seguranças e dois brigadistas. Também acrescentaram que a Polícia Militar sempre é chamada quando necessário pela própria gerência do estabelecimento.

Os organizadores também negam qualquer relação com os organizadores da People’s. Afirmam que fazem eventos próprios e que, em hipótese alguma alugam o espaço para festa de outros produtores ou particulares. Os proprietários da People’s também negaram que passaram a usar a casa ao lado para promover eventos e acrescentaram que o problema de tráfico na rua é recorrente.

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