Segundo sindicato, faltam botijões em cidades como Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Lago Sul e Lago Norte
O preço do gás de cozinha chegou a R$ 120, com a taxa de entrega, no Distrito Federal. Desde o início do isolamento social para evitar o contágio do novo coronavírus, a escalada do valor já havia sido notada. Mas ela não para. Antes da quarentena, a recarga do botijão custava R$ 70. Ou seja, agora, o brasiliense observa um aumento de 71,4% em poucas semanas.
Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Lago Sul, Lago Norte e outros locais sofrem com o problema. Na segunda-feira (06/04), uma revenda do Pistão Sul recebeu mil botijões às 18h. Por volta das 23h30, tudo estava vendido.
Liberdade de preços, não de abusos
De acordo com o presidente do Sindvargas-DF, Sérgio Costa , desde 2002 vigora no Brasil o regime de liberdade de preços.
“Não há preço mínimo ou preço máximo. É claro que o sindicato repudia todo tipo de ações de preços abusivos, ainda mais neste momento”, afirmou.
Segundo Costa, o Instituto de Defesa do Consumidor do DF (Procon-DF), a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) estão monitorando o mercado e tomaram medidas para conter abusos.
Preço da crise
Por outro lado, na opinião de Costa, em função da crise, os preços estão sofrendo aumentos por conta do desabastecimento. “O preço médio do botijão é R$ 70,64. Fica entre R$ 63,99 e R$ 95”, argumentou.
Para o presidente do Sindvargas, a situação no DF só vai se normalizar quando a Petrobras retomar a produção normal de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
“Pedimos, mais uma vez, a conscientização do consumidor: não há necessidade de estocar. Uma família média consome um botijão médio em 42 dias. Quem estoca deixa outra família, geralmente de baixa renda, sem o produto e agrava a situação de todos”, pediu.