Manifesto colhe assinaturas “pela libertação” da cúpula da Saúde do DF

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Um manifesto colhe assinaturas on-line “pela libertação” do secretário afastado de Saúde do DF, Francisco Araújo, e dos demais presos no âmbito da Operação Falso Negativo.

Até as 22h50 deste sábado (29/8), 500 pessoas tinham aderido ao abaixo-assinado. O perfil identificado como “Amigos Francisco Araújo” criou esse recurso para “pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ)“.

“Nós, amigos e profissionais de saúde abaixo assinados, viemos através deste manifesto prestar nossa solidariedade aos dirigentes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal presos preventivamente na operação do Ministério Público denominada Falso Negativo”, descreve trecho da manifestação.

O texto defende “uma apuração rigorosa e isenta dos fatos” e solicita à Justiça “o restabelecimento da liberdade de todos os acusados”. “Reiteramos a necessidade da presunção da inocência e direito de defesa de todos os cidadãos contra medidas extremas que causam danos morais e psicológicos irreparáveis aos acusados e seus familiares”, assinala.

O ministro do STJ Rogério Schietti manteve, em decisões dessa sexta-feira (28/8), a prisão de Francisco e de mais três investigados: o ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares; o secretário adjunto afastado de Gestão em Saúde, Eduardo Pojo; e o diretor afastado do Laboratório Central (Lacen), Jorge Chamon. Cabe recurso.

O único que teve o pedido deferido pela Justiça foi o subsecretário afastado de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, que deixou a carceragem na madrugada deste sábado.

Por determinação de Schietti, porém, Hage está proibido de acessar a Secretaria de Saúde, manter contato com servidores e com outros acusados e não pode sair do DF sem autorização judicial. O médico também teve o exercício da função pública suspenso.

A cúpula da Secretaria de Saúde do DF foi detida nessa terça-feira (25/8). O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga irregularidades em dispensas de licitações direcionadas à aquisição de insumos para o combate à Covid-19. A estimativa é de que houve prejuízo de R$ 18 milhões aos cofres públicos.

Confira quem foi preso na 2ª fase da Operação Falso Negativo:

  • Francisco Araújo, secretário de Saúde do DF (foto em destaque);
  • Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde;
  • Eduardo Hage Carmo, subsecretário de Vigilância à Saúde;
  • Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário adjunto de Gestão em Saúde;
  • Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central (Lacen);
  • Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde (todos foram afastados).

Apenas o mandado de prisão contra o secretário afastado de Administração Geral, Iohan Andrade Struck, não foi cumprido. O advogado de Iohan, Alexandre Adjafre, disse que o cliente está com suspeita de Covid-19 e apresentou atestado dele de 10 dias.

“Piada”

Diretor do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF), Newton Batista criticou o abaixo-assinado. “Isso só pode ser uma piada de mau gosto”, disse.

“Nenhuma operação seria tão amadora ao ponto de prender seis pessoas se não tivesse a certeza que algo estaria errado”, opinou.


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