Pacientes acusam médico por abuso sexual em consultas

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Ao menos cinco mulheres acusam o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto de abuso sexual dentro do próprio consultório nos Jardins, bairro da área nobre de São Paulo. As informações são do portal G1.

As pacientes, que tinham entre 17 e 31 anos na época dos abusos, relatam que os crimes ocorreram durante a realização de exames físicos.

“Ele me fez deitar na maca, tirar a roupa. Ele começou um procedimento de auscultar meu coração e, já logo naquele dia, eu senti que ele botou a mão um pouco mais estranho quando ele foi auscultar meu coração, botou a mão no meu peito. Até o momento que ele pediu que eu tirasse a calcinha. E, na hora, me passaram milhões de coisas na cabeça, mas não fui capaz nem de perguntar por que, nem de falar não”, contou uma mulher que pediu para não ser identificada.

“Ele falou: ‘Eu vou verificar como está, como estão as coisas’. E enfiou dois dedos na minha vagina e começou a estimular… Meu clitóris. E dai eu já tava me sentindo muito mal… Eu virei pro lado, comecei a chorar sem que ele percebesse. Só desejava que aquilo acabasse o mais rápido possível”, disse outra paciente que também pediu anonimato.

De acordo com José Ernesto dos Santos, representante da Associação Brasileira de Nutrologia, um especialista desta área não pode fazer exame em partes íntimas dos pacientes.

“Numa consulta nutrológica, as queixas são relacionadas ao excesso, a falta ou ao erro metabólico dos nutrientes, e eu não conheço nenhuma doença nutricional que seja responsável por alterações desse tipo que o exame ginecológico possa auxiliar ou fazer esse diagnóstico. Se a paciente tiver alguma queixa ginecológica, o procedimento que a Associação Brasileira de Nutrologia e todas as faculdades de medicina recomendam é que o paciente seja encaminhado para um ginecologista”, afirmou.

Acusações anteriores

Não é a primeira vez que o médico é alvo de acusações do tipo. Em 2018, o médico foi condenado, em segunda instância, a 2 anos e 8 meses de reclusão por violação sexual de uma paciente mediante fraude, ou seja, quando a vítima é induzida ao erro ou com meio que impeça ou dificulte a defesa.

Apesar da condenação, o médico cumpre pena em regime aberto, uma vez que é réu primário.

O que diz o médico acusado

Em nota, Abib Maldaun Neto afirmou que “jamais” praticou “qualquer ato imoral ou ilegal contra qualquer paciente ou cidadão”.

“Sempre atuei de forma ética, integra e profissional zelando pela dignidade da honrosa profissão a qual dedico a minha vida, por esta razão sempre colaborei com o processo, comparecendo em todos os atos e me colocando à disposição da Justiça a fim de que a verdade real dos fatos seja devidamente comprovada”, disse.

O que diz o Conselho de Medicina de SP

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou, por meio de nota, que a licença do médico ainda não foi cassada “pois ele pode responder a mais de um processo ético-profissional sobre o mesmo assunto”.

Disse ainda que enquanto o trâmite judicial não terminar, o registro profissional continua ativo.

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